domingo, 14 de agosto de 2011

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A importância do Festival Curta Cabo Frio para a produção audiovisual regional

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O cabeça-chata Milton Alencar entregando o prêmio  “Amigos do Milton” ao MarceloO “Curta Cabo Frio”, iniciado em 2007, foi um grande passo para o desenvolvimento da produção audiovisual da Região dos Lagos. O crescente avanço desse evento, que, em sua última edição, teve mais de 700 filmes inscritos, indica seu sucesso.
O festival encoraja os futuros cineastas do Brasil inteiro a seguirem adiante com o sonho da sétima arte, exibindo suas obras e lhes permitindo crescer como profissionais da área. Além de abrir portas para os novos talentos, leva o cinema a locais e pessoas desfavorecidos da nossa região, que nunca tiveram a chance de assistir a algo na tela grande. Leva cultura, entretenimento e oferece novas experiências a quem precisa.

Os números do festival não mentem sobre seu êxito. Em 2007, foram 573 filmes inscritos e público estimado de 9.000 pessoas. No ano seguinte, foram 630 inscritos e 11.000 pessoas. 2009 teve 690 inscrições e um público de 14.500 e, em 2010, foram 735 filmes inscritos e, aproximadamente, 15.200 pessoas foram assistir.

O “Curta Cabo Frio” não recebe apenas inscrições da Região do Lagos. Na edição deste ano foram recebidos filmes dos estados do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraíba, Paraná e Pernambuco, além do próprio estado do Rio de Janeiro. São dados que comprovam o belo resultado que o festival vem alcançando.

O organizador Miguel Fornaciari e o cineasta Milton Alencar Jr. responderam algumas perguntas acerca do festival:

Como surgiu a ideia de fazer um festival de cinema em Cabo Frio?
Miguel Fornaciari: Numa cidade com tanta efervescência cultural em diversos seguimentos, não poderíamos deixar de ter um evento que representasse, ao meu ver, a mais magnífica delas: o cinema. A ideia surgiu entre nós, os realizadores Miguel Fornaciari e Aquiles Barreto, em parceria com o cineasta Milton Alencar Jr., que levou a proposta ao prefeito Marquinho Mendes, que entendeu a importância e necessidade do evento para a nossa cidade. Gostaria de ressaltar que durante todas as nossas cinco edições, o maior incentivador para a realização do evento foi o prefeito Marquinho Mendes, que sempre acreditou no potencial do “Curta Cabo Frio” em divulgar a nossa cidade.

O objetivo do festival tem sido alcançado?
MF: Sim, claro. A cada ano que passa, o número de curtas inscritos só aumenta. O festival consegue levar o nome da cidade a vários estados do país e nós recebemos inscrições de curtas produzidos desde o Amazonas até Santa Catarina. Esse é um dos nossos objetivos: poder divulgar a nossa região e a nossa produção audiovisual. Através do nosso festival, conseguimos perceber que existe uma produção regional de curtas e longas metragens. Acredito que, a cada edição, iremos ver, através de nossas oficinas e mostras, a formação de novos profissionais e amantes da sétima arte.

Como a população regional recebeu esse evento?
MF: Acredito que tenha sido de uma forma maravilhosa. A população da cidade não tinha nenhum evento que fosse direcionado para a arte cinematográfica, onde eles tem a oportunidade de assistir a filmes de todos os cantos do país, que retratam as nossas diversas culturas. O festival também proporciona à população local a oportunidade de ter contato com profissionais de renome nacional nas oficinas de realização, onde são aprendidas técnicas de produção de curta metragem. Com a exibição em praças e escolas, e a realização de debates e palestras, a população consegue ter acesso a tudo que ocorre de novo na cinematografia nacional.

Como é possível realizar um evento desse porte numa cidade do interior do estado?
MF: Seria impossível realizar um festival de cinema sem o apoio dos parceiros, como a InterTv, a Novart, a Secretária de Educação Laura Barreto, o Secretário de Cultura José Correa, a equipe da Design e Imagem, e a Gaia Produções. É preciso frisar que o evento é uma realização da Prefeitura Municipal de Cabo Frio e a Emes Entertainment.

Como cineasta, qual a importância de eventos como esse para a produção audiovisual?
Milton Alencar Jr: A única maneira que os filmes de curtas metragens tem de aparecer é através de festivais de cinema. Toda a produção de curtas precisa de festivais para que seja exibida. Antigamente, na década de 80, havia uma lei em que todo longa metragem estrangeiro deveria ser acompanhado de um curta, o que dava visibilidade a essas produções, mas, hoje, não é mais assim. Desse modo, não há retorno, porque ninguém assiste a esses filmes. A importância é essa, a difusão de curtas metragens, em que se discute forma e conteúdo, e o incentivo à produção regional, que agora tem onde se exibir.

Por Lívia Miranda, estagiária do Cabo Frio TV.
 

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