domingo, 3 de abril de 2011

Cultura

A importância dos vitrais na arte gótica

Desenvolvida na idade média, arquitetuta gótica buscou nos vitrais a criação de ambientes serenos e multicoloridos





Catedral de Notre Dame de Paris - Seus vitrais filtram a luminosidade para o interior da igreja



A Idade Média foi um dos períodos mais longos da História: durou cerca de dez séculos. Iniciou-se no ano de 476, com a ocupação de Roma pelos bárbaros, e teve fim em 1453, quando ocorreram dois fatos importantes: a tomada de Constantinopla pelos mulçumanos e o fim da Guerra dos Cem anos, entre França e Inglaterra. Tendo aparecido na França, notadamente na região da Ile de France onde se encontra Paris, o gótico desenvolve-se dos séculos XII ao XV quando as suas formas são substituídas pelas da Renascença.


Características

A arte gótica surgiu pela primeira vez na França, na edificação da “Abadia Saint-Denis”, por volta de 1140.

Uma das principais diferenças entre a arte românica e a gótica é a fachada. A arte românica, que vigorou antes foi uma fortificação, onde o muro desempenhou importante função estrutural, cede lugar a uma arquitetura de estrutura diáfana, baseada sobre colunas.

- A igreja românica apresenta um único portal, a gótica possui vários portais que dão acesso às naves do interior da igreja.

- Substituição das sólidas paredes com janelas estreitas, do estilo românico, pela combinação de pequenas áreas de paredes com grandes áreas preenchidas por vidros coloridos e trabalhados.

- Vitrais: a luz multicolorida. Os vitrais estão para as catedrais góticas assim como os mosaicos estão para as basílicas bizantinas. Só que, enquanto os mosaicos criam um ambiente austero e solene, os vitrais, deixando passar a luz do sol pelos pequenos pedaços de vidro de cores diversas, criam um ambiente sereno e multicolorido.

- A cor com a luz vazada pelas janelas dá-nos um efeito de renda e sugere uma sensação de fragilidade. Seus azuis intensos e vermelhos brilhantes projetam uma luz violeta sobre as pedras da construção, quebrando a sua aparência de dureza; porém, o seu ambiente frio e espaçoso, não nos deixam à vontade.

- Presença da rosácea, uma grande janela redonda no portal central.



Arquitetura




Com o gótico, a arquitetura ocidental atingiu um dos pontos culminantes da arquitetura pura. As abóbadas cada vez mais elevadas e maiores, não apoiavam-se em muros e paredes compactas e sim sobre pilastras ou feixes de colunas. Uma série de suportes que eram constituídos por arcobotantes e contrafortes possuíam a função de equilibrar de modo externo o peso excessivo das abóbadas. Desta forma, imensas paredes espessas foram excluídas dos edifícios de género gótico e foram substituídas por vitrais e rosáceas que iluminavam o ambiente interno.

Muitas catedrais góticas caracterizam-se pelo verticalismo e majestade, denominando-se durante a Idade Média, como supremacia e influência para a população.

Até a atualidade, a arquitetura gótica ficou conhecido por ser encontrada com mais frequência nas grandes catedrais e em outros estabelecimentos eclesiásticos construídos ainda no início do período medieval, período em que exerciam grande influência em toda Europa.

Durante o período gótico – século XII à século XV – o poder religioso buscava converter sua “importância” para as estruturas de igrejas, catedrais e abadias através da grandiosidade dimensional presente na arquitetura gótica.

Como a arquitetura gótica foi uma evolução da arquitetura românica, foram desenvolvidos alguns elementos que ajudaram nas construções góticas, como o arco de ogiva e a abóbada de cruzaria, que tornaram-se as principais características do estilo arquitetônico. Geralmente, a fachada das estruturas góticas busca seguir a verticalidade e a leveza e no interior, busca um ambiente iluminado.



Arcos de ogiva


Os arcos de meia circunferência que haviam sido usados em igrejas e catedrais de arquitetura românica faziam com que todo o peso da construção fosse descarregado sobre as paredes, obrigando um apoio lateral resistente como pilares maciços, paredes mais espessas, poucas aberturas para fora tornando, consequentemente, o interior das estruturas eclesiásticas mais escuras e cada vez menos agradável.

Este arco foi substituído pelos arcos ogivais (também chamados de arcos cruzados). Isso dividiu o peso da abóbada central, consequentemente, descarregando-a sobre vários pontos, ao invés de um e também, podendo usar material mais leve para a abóbada ou mesmo para as bases de sustentação. No lugar dos sólidos pilares, foram usados colunas ligeiramente afinadas que passaram a receber o peso da abóbada. Deste modo, as paredes foram perdendo a importância como base de sustentação, passando a serem feitas com materiais frágeis como o vidro. Passaram a ser usados então, belos vitrais coloridos, dando origem a tão necessitada luminosidade no interior de igrejas e catedrais.



Iluminação



A importância dos vitrais na arquitetura gótica


Considerada uma arquitetura “de paredes transparentes, luminosas e coloridas”, a arquitetura gótica considera o vitral um importante elemento, pois cria uma atmosfera mística que deveria sugerir, na visão do povo medieval, as visões do Paraíso, a sensação de purificação. Os raios solares são filtrados pelos vitrais e rosáceas, criando no interior da estrutura gótica, um ambiente iluminado e colorido e também, transmitindo aos fiéis religiosos uma sensação de êxtase.

Os vitrais apresentavam simples formas geométricas ou mesmo imagens de santos ou passagens bíblicas. Para obter-se um vitral na época, era necessário que um artesão realizasse um processo de coloração da peça de vidro. Durante este processo, o vidro cru era misturado a outros componentes químicos que determinavam a respectiva tonalidade, durante a fase de derretimento. Este processo mantinha o vidro com um tom de cor sem que bloqueasse os raios solares. Após este procedimento o vidro era aquecido e moldado.

Assim como os vitrais, as rosáceas visam estabelecer um ambiente iluminado no interior das estruturas góticas, porém possuem algumas características diferentes. Estão localizadas, geralmente, em um local alto nos estabelecimentos eclesiásticos, geralmente em regiões próximas ao portal das fachada principal a Oeste ou mesmo no transepto, em pelo menos um de seus extremos. Assim como a arquitetura gótica no geral possui uma relação com a religiosidade, as rosáceas fazem alusão à personagens cristãos como Jesus Cristo (que é representado pelo sol) e Maria (representada pela rosa).



Fonte: valiteratura














Coca-Cola: A Coleção de Arte


Instituto Cervantes inaugura a exposição Diez Años de Fotografia Española Contemporânea Colección Fundación Coca-Cola.

O Instituto Cervantes e a Fundación Coca-Cola Juan Manuel Sáinz de Vicuña, numa parceria inédita, trazem ao Brasil pela primeira vez uma seleção do acervo de arte da Fundación Coca-Cola.



Diez Años de Fotografia Española Contemporânea mostra ao público imagens criadas nos últimos dez anos por um importante grupo de 28 artistas (e 34 obras), fotógrafos e vídeo criadores que fazem parte do panorama nacional espanhol.

Esta exposição pode ser vista como um conjunto diverso de possibilidades da imagem dentro da arte e, conforme sugere Lorena Martínez de Corral, curadora da exposição, pode ser interpretada sob diversos aspectos: a imagem testemunho, como no caso da obra de Santiago Sierra, que nos fala do que já aconteceu, neste caso uma performance; a imagem arquivo, exemplificada na obra de Lara Almárcegui na qual se busca uma coleta de realidades sob uma ideia comum; a imagem reivindicativa, como no caso da obra de Tere Recarens, que cria uma situação para colocar em evidência um fato; a imagem cinematográfica, como a obra de Manolo Bautista, que evoca através de sua aparência de fotograma; a imagem sonho, como a de Pablo Genovés, que recorre a uma ficção evidente para experimentar a beleza do que não aconteceu; a imagem lembrança, como é o caso da obra de Maider López, na qual a paisagem capturada tem desejos de imortalidade; a imagem biográfica, como a de Félix Curto, na qual os objetos relembram uma história narrada em primeira pessoa; a imagem detida, como a de Miren Doiz que fixa o efêmero transformando-o em atemporal.

“Inserida no programa Mas... Isto é Espanha? esta exposição nos mostra o esforço da iniciativa privada na criação de uma marca-país. Neste aspecto os investimentos empresarias realizados para a criação da coleção da Fundación Coca-Cola, valoriza a criação de artistas espanhóis”, declara Francisco de Blas, Chefe de Atividades Culturais do Instituto Cervantes de São Paulo.

A exposição passará pelos vários centros que a instituição possui no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília).



Fundación Coca-Cola


A coleção de arte contemporânea da Fundación Coca-Cola é um projeto aberto que propõe um diálogo contínuo com a arte de nossos dias e se torna cúmplice da constante expansão da criação contemporânea. Desde sua constituição, a coleção reuniu um importante conjunto de obras de artistas espanhóis e portugueses, uma seleção apaixonante e cheia de contrastes, que responde ao compromisso da Fundación Coca-Cola com a arte e com os artistas das duas últimas décadas e que reflete seu interesse por explorar e sentir a pulsação da produção artística da nossa cultura.



Instituto Cervantes


Av. Paulista, 2439 - Metrô Consolação

Tel. 11 3897-9609

segunda-feira, das 14h às 20h,

terça-feira a sexta-feira, das 8h às 20h,

sábados, das 9h às 15h.

site – www.spcervantes2011.info


Visitação: até 09 de abril

Faixa etária: Livre

Gratuito








Exposição Fotográfica Entre Espaços


Palacete dos Leões recebe mostra produzida pela premiada fotógrafa paranaense Charly Techio







O Palacete dos Leões recebe a exposição fotográfica Entre Espaços, produzida pela fotógrafa paranaense Charly Techio, coordenadora do curso de Fotografia do Centro Europeu de Curitiba. Com passagens pelo Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) e pela Galeria Lunara, de Porto Alegre, a exposição é uma série fotográfica que questiona as mudanças pelas quais a sociedade ininterruptamente.


Segundo Charly Techio, a inspiração surgiu pelo fato da sociedade passar por um processo cíclico de transformações, com as relações se modificando em intensidades e ritmos variáveis. “Ao mesmo tempo, o ser humano se mistura no ambiente, é mimético, suas vestimentas e a paisagem contêm padrões que se repetem. Seguindo esta observação, as imagens são apresentadas em ‘dípticos’, relacionados pela cor e textura, ligando o sujeito fotografado a um novo ambiente”, completa a fotógrafa.









Palacete dos Leões


Av. João Gualberto, 530

De segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30.

Visitação: até 21 de abril.

Informações: (41) 3219-8056.










Exposição fotográfica individual, com autorretratos do artista performático Alisson Gothz.








Em sua primeira individual na Galeria Mezanino, Alisson Gothz apresenta uma seleção de seus retratos, produzidos desde o final dos anos 1990, onde se misturam surrealismo, dada, pop art, hinduísmo e, ainda, ícones da música pop, como Grace Jones, David Bowie, Nina Hagen e o performer Leigh Bowery, além de tantas outras referências pictóricas.

O interesse do artista está no cruzamento das linguagens. Freqüentador da noite de São Paulo, Gothz passeia por universos oníricos da imagem, proporcionando-nos uma viagem quase que alucinógena quando observados seus inúmeros personagens em situações inusitadas.

Com riqueza de detalhes, suas figuras são criadas em um “caldeirão/montação fashion”: maquiagens, acessórios e figurinos absurdos e colagens digitais. Ultra coloridos, divertidos ou dramáticos, os retratos são os registros de uma vontade pessoal de transgressão e questionamentos dos limites da plástica visual, tudo com muito humor e deboche.

Sexualidade e androginia também permeiam seu discurso.

As composições de Gothz reverenciam também as criações do francês Pierre Molinier (1900/1976) que, igualmente com autorretratos nos idos dos anos 1970, idealizava sua imagem construindo corpos surreais, repletos de fetiches em preto e branco.

Alisson Gothz recentemente foi convidado para uma residência na Galeria Titanik, na Finlândia, onde se hospedou por mais de um mês, criando diariamente novos personagens e expondo-os em tempo real numa sala exclusiva da instituição.

Na individual, mais de 20 autorretratos em tamanhos e acabamentos variados, todos com preços acessíveis e tiragens limitadas.







Galeria Mezanino na Galeria Mundo Mix


Rua Augusta 2.559 Jardins SP SP ( quase esquina com al. Lorena ) metrô consolação

Fone: 11.3436.6306

de seg a sábado, das 13h às 20h

Visitação: até dia 30 de abril de 2011

www.galeriamezanino.com










Velhos negativos viram imagens positivas na Caixa Cultural SP


Na mostra Negative Experience o fotógrafo paulistano Davilym Dourado recria emoções pela materialização do imaginário





A Caixa Cultural São Paulo (Sé) expõe, até 1º de maio de 2011, treze imagens do fotógrafo Davilym Dourado, que fazem parte do projeto experimental Negative Experience. O artista recorre aos seus negativos e os deixa expostos à ação de produtos químicos (como água sanitária e detergente, por exemplo); a mistura corrói a película do filme e faz com que a emulsão –antes íntegra no negativo – comece a se dissolver criando outra imagem. Enquanto a deterioração da película ocorre (o que acontece em poucos segundos), as cores se misturam à imagem, que antes era fixa na superfície do filme. Ao fotógrafo, cabe “capturar” por meio de sua câmera digital algumas etapas do processo de transformação. São algumas dessas imagens, impressas digitalmente em papel de algodão, que o curador Eder Chiodetto escolheu para a mostra.

“Durante o desenvolvimento do processo criativo, Davilym atenta contra originais fotográficos em negativo, para zombar da ideia de memória como algo estático e perene no tempo”, explica Chiodetto. “No seu laboratório experimental, o estável dá lugar ao movediço, a rigidez da forma ganha contornos imprecisos, o aparentemente real se transforma em fragmentos de um sonho, que retornam após já terem sido esquecidos. Memória e ficção se irmanam nos negativos, corrompidos e machucados, que restam ao final desse processo criativo, corajoso e original”, completa o curador.

Negative Experience é uma tentativa consciente de dar sentido ao imaginário. Davilym parte de emoções vividas e suas memórias, para recriá-las por meio da técnica fotográfica. “São aquelas imagens que, sem sabermos como, habitam um lugar qualquer no gaveteiro da nossa mente, como pano de fundo de um sonho psicodélico”, comenta o fotógrafo. “São imagens que tentamos reconstituir, mas que nunca se concretizam”, finaliza.

Para ele, três vetores norteiam seu ensaio: a memória, a representação do mundo e a sensação. “A memória, que está captada e registrada em nossa mente, ganha novo sentido por meio da intervenção química. A representação do mundo tem a ver com aquele mundo captado pelas lentes, e que não tem relação com o idealizado pela mente humana. A realidade é uma cópia mal feita de um mundo perfeito idealizado. E, por fim, a sensação. Acredito que a imagem se separa do raciocínio quando é abstrata, restando somente sua impressão”, argumenta.

Davilym Dourado faz um mergulho consciente, mas ao mesmo tempo sem controle, do resultado advindo da mistura de emulsão, solventes e pixels. De certa maneira, a experiência envolve algum tipo de cálculo e planejamento prévios (pois o fotógrafo não escolhe ao acaso os negativos e os químicos que mistura), mas ele é livre e desprendido para obter o inesperado de cada imagem.



O fotógrafo

Davilym Dourado (São Paulo - SP, 1975), começou na fotografia em 1999, quando se mudou para Nova Iorque e iniciou seus estudos na área, no Internatinal Center of Photography (ICP). Em 2002, já no Brasil, atuou profissionalmente na Revista Isto É e, durante os últimos quatro anos, trabalhou como fotógrafo no Jornal Valor Econômico.

Atualmente, desenvolve seus projetos de fotografia autoral e cursa o último ano da graduação em ciências sociais na Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Em 2010, começou a trabalhar com vídeo digital e se dedica principalmente ao Negative Experience.

Desde 2007, vem registrando sistematicamente os moradores do menor município do Brasil, uma cidade chamada Borá, no estado de São Paulo, com apenas 835 habitantes. Mais da metade de seus moradores já foram fotografados. Sua intenção é registrar todos os habitantes até o final de 2011.



Exposições coletivas:


2002 – Invasion/Liberation, Latinarte Galery – Miami (EUA)

2003 – Os Paulistanos da Paulista, Conjunto Cultural Nossa Caixa – São Paulo

2010 – Kaunas Festival – Lituânia



O curador


Eder Chiodetto (São Paulo, SP, 1965) é mestre em Comunicação e Artes pela Universidade de São Paulo (USP), jornalista, fotógrafo, curador independente e crítico de fotografia. Atuou no jornal Folha de S.Paulo como repórter fotográfico (1991 a 1995), editor de fotografia (1995 a 2004) e crítico de fotografia do caderno Ilustrada (1996 a 2010).

É autor do livro O Lugar do Escritor (Cosac Naify), um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2004. Coordenador editorial da coleção de livros de fotografia brasileira FotoPortátil, na editora Cosac Naify. Ministrou aulas nas cadeiras de Fotojornalismo e Fotografia Documental na Universidade Metodista de São Paulo e no Bacharelado de Fotografia do SENAC-SP. Atualmente é consultor da escola Panamericana de Arte e Design.

Responde tembém pela curadoria do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM-SP, onde ministra o workshop “Ensaio Fotográfico”. Nos últimos anos realizou diversas curadorias de fotografia e vídeo para instituições como MAM-SP, Itaú Cultural, Caixa Cultural, MUNA, Museu da Casa Brasileira, SESC-SP e galeria Vermelho, entre outros.



Caixa Cultural São Paulo (Sé) - Galeria Florisbela


Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo (SP)

Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400

de terça-feira a domingo, das 9h às 21h

Mostra Negative Experience

Visitação: até 1º de maio de 2011

Acesso para pessoas com necessidades especiais

Entrada: franca








Mestres da gravura brasileira e internacional estão em mostra inédita


com mais de 120 obras do acervo do Masp






Uma seleção com mais de 120 obras de mestres em diferentes técnicas da arte da gravura estará em exibição no MASP a partir de sábado, 5 de março. Papeis brasileiros: a arte da gravura - Coleção MASP traz obras de Volpi, Tarsila, Babinski, Samico, Manezinho Araújo, Gruber, Jardim, Segall, Grassmann, Valentim, Hudinilson, Nelson Leirner e tantos outros, a maioria deles mestres brasileiros e estrangeiros que vieram para o Brasil. Com curadoria de Teixeira Coelho e Denis Molino, a exposição abre no final de semana do Carnaval e fica em cartaz até 1º de maio.

A mostra apresenta um primeiro movimento da figuração na gravura, tal como manifesta no acervo do MASP, e em seguida os movimentos da abstração e da nova figuração contemporânea. Esta exposição será seguida por outra, futuramente, dedicada aos papéis estrangeiros da Coleção MASP, também no campo da gravura, e marca uma atenção do museu para com esta arte, expressa em exposições como as séries completas de Goya (2007); Desenhos espanhóis do Século 20 (2008); Primeiro Expressionismo alemão (2008); O mundo mágico de Marc Chagall (2010) e Uma semana de bondade, de Max Ernst, apontada pela APCA como a Melhor Exposição Internacional de 2010.

Papeis brasileiros: a arte da gravura - Coleção MASP (Por Teixeira Coelho, curador)

A gravura serviu, na história, a fins diversos. Foi modo prático e barato de representar uma paisagem, uma pintura famosa, uma catedral conhecida mas que poucos podiam ver quando ainda não havia a imprensa e a fotografia; ou lugar de ensaio para uma obra maior; ou expressão de uma grande arte em si mesma. Parece simples nos recursos e resultados mas pode dar forma a conceitos complexos. Albrecht Dürer, mestre gravador como poucos, tinha uma noção, válida ainda, do que era belo na gravura (e na arte): o belo é um conceito relativo e variado, e não objetivo e uniforme como queria Alberti. Essa relatividade e essa diversidade estão nesta mostra.







Elas seguem os três critérios de Dürer para definir e apreender a verdade artística: a função (mostrar como é um rosto, por exemplo), a satisfação proporcionada e o domínio do meio. Com eles, Dürer acreditava que alguém poderia criar “belas imagens”, não “espontâneas” ou “inspiradas” mas que vinham de uma “síntese seletiva interior”.


O conjunto aqui mostrado organiza-se em três movimentos. O primeiro inclui obras com um compromisso figurativo claro, embora variado, com o mundo exterior. O segundo cobre um momento em que o artista buscava noções abstratas do que seria o belo, sem ligação com o real imediato, um momento de forte autonomia da arte. E o terceiro mostra o retorno da figura porém sem vinculação com o real e, sim, muitas vezes, para fazer um comentário sobre a figura muitas vezes vista em outro meio e não na realidade (e com o recurso de outros meios que não os da gravura tradicional). As obras deste terceiro movimento navegam entre o pop e o conceitual, assim como as do segundo circulam pelo abstrato informal e geométrico e as do primeiro, pelas diversas correntes estilísticas da modernidade ampliada (simbolismo, expressionismo, surrealismo e suas nuances).

Esta exposição não põe em destaque, porém, as opções estilísticas. Seu método é iconográfico, colocando lado a lado distintos modos de representar-se um tema como recurso para uma apreensão mais imediata das diferentes ideais sobre a arte e o que podem apresentar-nos hoje.



Os movimentos


A coleção de gravuras brasileiras do MASP assume a forma de um arco extenso que vai de Carlos Oswald, precursor da gravura artística no Brasil, a artistas contemporâneos que recorrem a novas tecnologias como o xerox (Hudinilson Jr.). São todos casos que ilustram o período em que a gravura emancipa-se de outras linguagens, como a pintura e a fotografia, e dedica-se à exploração de seus próprios recursos técnicos e expressivos.

Primeiro movimento: figuração - As obras deste grupo tratam de revelar o belo oculto na natureza ou na realidade das coisas e do mundo. Sua função é representar esse mundo conforme a versão de “síntese interior” escolhida pelo artista. Essa síntese é mais simples ou mais elaborada, mais próxima do real ou mais aberta às liberdades da imaginação. Mas, as imagens resultantes representam sempre alguma coisa por alguns de seus traços visíveis, como a forma geral de uma árvore ou de um rosto, o aspecto físico de um objeto inanimado visto ou codificamente imaginado. Alguns de seus autores são de artistas que fizeram da gravura seu meio predileto de expressão, outros são de artistas que experimentaram também com outros meios, em particular a pintura. E o período coberto vai do primeiro modernismo à atualidade.







Segundo movimento: abstração - Estas obras buscam a beleza ainda mais oculta do mundo, aquela que está abaixo da superfície visível e que propõe uma harmonia secreta revelada ou inventada pelo artista. Perseguem um “aquém da forma”, ou a “forma pura” que, para Kandinsky, é capaz de responder às “necessidades interiores” do artista. São peças que exercitam de modo livre (descomprometido com o real e a natureza) os elementos gerais da arte, como a cor, a linha, o plano, a partir de uma inspiração na música e na matemática. Compõem campos de expressão cuja função é apontar mais para elas mesmas do que para algo fora delas. São sínteses seletivas interiores complexas que buscam na “simples satisfação”, no prazer do observador, sua meta central. Representam um movimento cujo valor central era a ampla autonomia da arte: sua liberação diante da necessidade de representar o mundo exterior, o “real”.


Terceiro movimento: uma outra figuração - A figura está aqui de volta, mas num outro passo do parafuso da arte. Sua referência e sua fonte não são mais tanto o mundo real, a natureza ou a “forma pura” como o universo da própria cultura (a cultura pop dos quadrinhos, do jornal, a própria arte). Antes de apontar para “a realidade”, esta arte visa a própria arte ela, como as obras do movimento anterior, mas recuperando agora o valor de representação do ícone, da parecença. Aos poucos, neste movimento, a síntese seletiva interior torna-se mais complexa ou rarefeita e o conceito predomina sobre a forma evidente. Também as técnicas são outras, acompanhando a evolução tecnológica: os antigos modos (xilogravura, linóleo, metal, litografia) são substituídos por outros ou combinados. A reprodução da imagem ganha novo meio: a impressão digital.



MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand


Av. Paulista, 1578.

Acesso a deficientes

De 3ªs a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às 5ªs: das 11h às 20h

.visitação: 1º de maio

Até 10 anos e acima de 60 anos: acesso gratuito. Às 3ªs feiras: acesso gratuito.

Informações ao público: www.masp.art.br. Twitter: http://twitter.com/maspmuseu











IQ Art Gallery apresenta a exposição Ways/Caminhos da artista plástica Simone Schaustz




A IQ Art Gallery do Espaço Cultural Chakras apresenta a partir do dia 22 de março até 1º de maio a exposição Ways/Caminhos, da artista plástica Simone Schaustz.


O fio condutor do trabalho são as formas orgânicas, minimalistas ou geométricas. Ao todo são cerca de 15 telas, onde chamam a atenção bolinhas coloridas, que imprimem relevo às obras. A artista as produz com o uso de tinta acrílica plástica colorida.

“A ideia da exposição é apresentar a essência do meu ofício, que são as pinturas que alimentam a minha alma. Quando pinto, estou em completa sintonia comigo mesma, não há ruído, não há estranheza, é o momento que faz todo o sentido em meio a esse mundo tão barulhento”, conta a artista.

As obras são resultado de momentos em que a artista liberta sua alma com o uso das mãos, como costuma dizer. “O importante para mim é o processo, o criar, o pintar e deixo para os outros curtirem o resultado disso,” define Simone.



IQ Art Gallery, do Espaço Cultural Chakras

Rua Dr. Melo Alves, 294, Jardins – São Paulo – SP.

Tel.: (11) 3062-8813 / www.chakras.com.br


De terça a quinta, das 12h à 1h; sexta e sábado, das 12h às 2h; domingo, das 12h à 0h

Visitação: até 1º de maio










Caixa Cultural São Paulo apresenta a exposição Mirando(A)


Tom Lisboa distribuirá 6.000 reproduções de sua obra gratuitamente aos visitantes



A exposição do fotógrafo curitibano Tom Lisboa será inaugurada no dia 1º de março, na Galeria Octogonal da Caixa Cultural São Paulo (Sé). A série, intitulada Mirando(a), é composta por 12 fotos-adesivos medindo mais de 2 metros de altura e resulta de uma intervenção urbana realizada pelo artista em 2009, nas cidades de Curitiba/PR, Paraty/RJ e Feira de Santana/BA.

Comumente rotulado como artista multimídia, Tom tem transitado suas obras em diversos espaços: cibernéticos (web), urbanos, a céu aberto ou em galerias. As imagens de Mirando(a) são um bom exemplo desses deslocamentos: imagens de pássaros foram “capturadas” da internet, emolduradas, penduradas em árvores de verdade e refotografadas, criando um curioso contraste entre o que seria realidade ou representação.

A instalação convida o público a refletir sobre os deslocamentos e ajuda o artista na construção do próximo espaço a ser ocupado por Mirando(a). O artista ainda complementa que uma das fotos da exposição foi reproduzida em 6.000 cartazes para que o espectador leve e exponha onde quiser. “A galeria não é um fim, mas ponto de partida para um novo processo. Muito em breve alguns destes cartazes poderão ser vistos, por exemplo, pendurados na casa de alguém e propondo novos questionamentos”.

Tom ressalta ainda uma referência fundamental para este trabalho: o filme “Eu, Você e Todos Nós”, da diretora Miranda July (inclusive, o “(a)” de Mirando(a) é uma homenagem direta a ela). Apesar dessas modalidades artísticas se desenvolverem em suportes distintos, cinema e fotografia têm em comum o uso da imagem do pássaro como metáfora das artificialidades do nosso cotidiano que fomos condicionados a aceitar como naturais.



Caixa Cultural São Paulo (Sé) - Galeria Octogonal


Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP

de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.

Visitação: até 1º de maio de 2011

Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400

Acesso para pessoas com necessidades especiais

Entrada: franca
Recomendação etária: livre








Caixa Cultural São Paulo exibe a obra iconoclasta do fotógrafo German Lorca


57 imagens mostram o trabalho de um artista que explorou a fotografia experimental, subjetiva e onírica no Brasil



A Caixa Cultural São Paulo apresenta a mostra fotográfica “German Lorca: Olhar Imaginário”, que ocupa a galeria Neuter Michelon com obras realizadas ao longo de 60 anos, entre 1949 e 2009, por esse que é um dos fotógrafos mais importantes do Brasil.

A obra de Lorca, ícone da fotografia moderna brasileira, foi sintetizada em 57 imagens pelo curador Eder Chiodetto, que optou por selecionar imagens marcantes do experimentalismo radical e a ruptura com o realismo empreendidos por Lorca. Tal atitude foi pautada pela clara influência que o artista paulistano absorveu de movimentos como o surrealismo e o concretismo.

No dia da abertura, dia 1º de março, às 19h, acontece um bate-papo entre o fotógrafo, o curador e o público. A mostra “German Lorca: Olhar Imaginário” tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e chega a São Paulo após receber ótimas críticas da mídia durante itinerância na CAIXA Cultural de Brasília e do Rio de Janeiro no ano passado.

Nascido 100 dias após a Semana de Arte Moderna de 1922, German Lorca auxiliou de forma decisiva a implantar a fotografia de pensamento e estética modernista em meados da década de 1940 e 1950, quando atuou no Foto Cine Clube Bandeirante, em São Paulo. Hoje, aos 88 anos de idade, e em plena atividade, o artista paulistano é considerado por historiadores como um marco da fotografia experimental no Brasil. Sua produção de caráter mais subjetivo e onírico tornou-se um divisor de águas na fotografia brasileira ao atribuir à linguagem novas possibilidades de representação, por meio da introdução da ficção e da livre imaginação, em detrimento da função estritamente documental que vigorava até aquela época.

Deixando de lado o caráter de denúncia social, Lorca capitaneou no Brasil, junto com alguns de seus parceiros de Foto Clube – como Geraldo de Barros, Thomaz Farkas e Eduardo Salvatore, entre outros – uma profunda mudança de paradigma da fotografia, agregando à linguagem uma grande parcela de lirismo e de investigação estética, como poderá ser observado na mostra da CAIXA Cultural.

Esta produção, isolada na época, só voltou à tona a partir de pesquisas de acadêmicos na última década. De fato, observou-se um lapso desta atitude experimental entre as décadas de 1960 e 1980, quando a fotografia brasileira voltou-se com força para o fotojornalismo e o fotodocumentário em função do momento sócio-político do país.

A partir da restauração da democracia, a fotografia de caráter mais lúdico e experimental voltou à tona nos anos 1990, tendo a produção dos fotoclubistas, sobretudo Geraldo de Barros e German Lorca, como fonte de inspiração.

A produção de Lorca transita até hoje entre diversas áreas: arte, publicidade, reportagem, retrato e ensaio. Em todas elas, é visível um traço comum: a fotografia como ferramenta de acesso ao imaginário. A possibilidade de vislumbrar mundos paralelos ao real: o mundo da criação poética que ressignifica o entorno visível.



German Lorca

Nascido em São Paulo, em 1922, German Lorca formou-se em Ciências Contábeis pelo Liceu Acadêmico, em 1940. Em 1946, comprou uma câmara fotográfica de 35 mm da marca alemã Welti e, dois anos mais tarde, filiou-se ao Foto Cine Clube Bandeirante. Autodidata, começou a registrar a paisagem da cidade de São Paulo.

Em 1950, trabalhou no projeto de montagem do laboratório de fotografia do Museu de Arte de São Paulo (MASP), com Geraldo de Barros e Thomaz Farkas.

Barros passaria a ser uma espécie de mentor intelectual e artístico da turma do fotoclube e sobretudo de Lorca, que lhe emprestava o laboratório fotográfico instalado em sua casa, no bairro do Brás, para que ele desenvolvesse parte de sua famosa série Fotoformas.

Em 1952, Lorca abandona a carreira de contador e abre seu próprio estúdio fotográfico. Atuou comercialmente na área de publicidade, mantendo em paralelo ao longo de sua vida, até os dias de hoje, aos 88 anos, uma intensa produção de cunho mais experimental, além de registrar as transformações da cidade de São Paulo ao longo do século 20. Ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais.



Eder Chiodetto


É mestre em Comunicação e Artes pela Universidade de São Paulo, jornalista, fotógrafo e curador independente. Atuou no jornal Folha de São Paulo como repórter fotográfico (1991 a 1995) e como editor de fotografia (1995 e 2004).

É autor do livro ‘O Lugar do Escritor’ (Cosac Naify), um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2004, e também coordenador editorial de livros de fotografia brasileira.



Caixa Cultural São Paulo (Sé) - Galeria Neuter Michelon


Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP

De terça-feira a domingo, das 9h às 21h

Visitação: até 15 de maio de 2011
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400

Acesso para pessoas com necessidades especiais

Classificação: Livre
Entrada franca








Caixa Cultural São Paulo apresenta “Povos Indígenas no Brasil”

Com fotos de Rosa Gauditano, documentários xavantes e palestra, a mostra retrata 34 das mais de 225 culturas indígenas no país



“As pessoas não respeitam o que não conhecem”. A frase é do ancião Sereburã Xavante e motiva o projeto Povos Indígenas no Brasil. A exposição é fruto do trabalho da fotógrafa Rosa Gauditano que, nos últimos 20 anos, dedica-se a registrar a multiplicidade de etnias indígenas no país. Após passar pela CAIXA Cultural Brasília, a exposição abre no sábado (19/03), às 11hs e recebe visitantes até o dia 15 de maio de 2011, na CAIXA Cultural São Paulo (Sé).


A mostra é composta por 60 fotos coloridas, material documentado pela fotógrafa Rosa Gauditano, no período de 1989 a 2010, e dividida em quatro grandes grupos, separados por região geográfica: Norte, com 14 povos; Nordeste, com 5; Sudeste, com 5 e Centro-Oeste, com 10 povos.

Entre os povos apresentados nesta exposição, estão desde aqueles com os quais se tem pouquíssimo contato, como os Mati ou Zoró, que vivem quase isolados na Amazônia, até indígenas que ocupam suas terras localizadas perto de pequenas cidades, como os Xavante, no Mato Grosso; os que vivem na beira de rodovias, como os Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, ou nas grandes cidades, como é o caso dos Pankarau, em São Paulo.





Região


Etnia


Norte


Waurá

Matis/Zoró

Tucano

Yanomami

Suruí Paiter

Arara

Kayapó

Whaiãpi

Ashaninka

Krahô

Cinta Larga

Xerente

Tapitrapé

Carajá




Nordeste


Tingui Botó

Pataxó

Canela

Gavião

Xucuru




Centro-oeste


Rikbaktsa

Enewanê Nawe

Bororo

Pareci

Kuikuro

Terena

Kadiwéu

Xavante

Waurá

Guarani Kaiowá




Sudeste


Krenac

Xacriabá

Guarani M’Byá

Pankararu

Maxacali




No Brasil existem, hoje, cerca de 230 povos indígenas, distribuídos em todos os estados, totalizando quase 734 mil pessoas, que falam 180 línguas diferentes.


Além da projeção de dois documentários produzidos pelos índios xavantes, com produção executiva de Rosa gauditano, diretora da Associação Nossa Tribo (www.nossatribo.org.br) o visitante poderá ver também o mapa dos povos indígenas no Brasil.



Palestra


O projeto integra ainda a palestra da professora Jaciara Martim. Indígena Guarani M’Byá, Jaciara é formada em serviço social pela PUC – São Paulo. Seu trabalho de conclusão de curso versou sobre o tema: “Considerações sobre o trabalho para o povo guarani e as decorrências do seu contato com a sociedade capitalista.” Sua trajetória inclui experiência como professora estadual e agente de saneamento pelo Projeto Rondon. O encontro, com entrada franca, acontece no dia 12 de abril de 2011 (terça-feira), às 19hs, na CAIXA Cultural São Paulo (Sé).



Rosa Gauditano


Premiada por seus trabalhos com fotojornalismo na década de 1980 (Folha de SP e Veja), Rosa Gauditano especializou-se em fotografia etnográfica. Seus trabalhos ligados às culturas indígenas no Brasil lhe renderam a publicação de 5 livros: "Aldeias Guarani M'Bya na Cidade de São Paulo", 2006; “Raízes do Povo Xavante”, Ed. Studio R, São Paulo, 2003; “Festas de Fé", Ed. Metalivros, São Paulo, 2003; “Saltillo”, Instituto Municipal de Saltillo, México, 2001; “Índios, os Primeiros Habitantes”, Ed. Fotograma, 1998.

Diretora da Studio R, agência que se dedica a reportagens, arquivo e projetos culturais ligados a fotografia e trabalhos etnográficos, Rosa Gauditano tem no currículo diversas exposições individuais. No Brasil, em parceria com a CAIXA Cultural, Rosa expôs em 1999/2000 nas cidades de São Paulo, Curitiba e Brasília a mostra “Raízes do Povo Xavante”. Além de outros projetos pelo país, principalmente na capital paulista, a fotógrafa já expôs em Londres/Inglaterra (2010), Houston/EUA (2005), Cidade do México/México e Santiago/Chile.







Caixa Cultural São Paulo (Sé) – Galeria Humberto Betetto


Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP
Informações, agendamento de visitas mediadas e translado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400

de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.

Visitação: até 15 de maio de 2011

Classificação etária: livre
Entrada franca
Acesso para portadores de necessidades especiais








Museu TAM amplia acervo em exposição


Instituição já recebeu mais de 88 mil visitas desde sua reinauguração, há 8 meses



O visitante do Museu TAM (
www.museutam.com.br) pode conferir mais duas aeronaves no acervo exposto em São Carlos, interior paulista: um Hawker Siddeley HS-125 doado pela FAB (Força Aérea Brasileira) e um ultraleve Roloff-Unger RLU-1 Breezy Pusher, integralmente construído e montado nas oficinas de restauração da instituição. Agora, são 76 unidades em exposição, o maior acervo de aviação do mundo mantido por uma companhia aérea. Desde junho do ano passado, quando foi reinaugurado, o Museu TAM já recebeu mais de 88 mil visitantes.

"Assim que terminamos o processo de restauração, apresentamos para o público essas duas peças tão importantes. Como o museu é um local de descobertas e que apresenta grandes capítulos da história da aviação, novidades como essas nos ajudam a cumprir a missão de encantar o público e de provocar o conhecimento a partir de novas experiências", afirma João Amaro, presidente do Museu TAM.

Utilizado pela FAB desde a década de 1960, o HS-125 é um bimotor a jato que serviu para o transporte de autoridades e foi utilizado para a calibragem dos equipamentos e dos instrumentos de aproximação dos aeroportos e das bases aéreas brasileiras. "Ele fez parte do Grupo Especial de Inspeção de Voo. Em pouco tempo, ganhou dos pilotos o apelido de 'avião laboratório', e entrou para a história como uma aeronave que contribuiu para o bom desenvolvimento da aviação nacional. Homenageamos a FAB e a nobre missão do HS-125, conservando a sua pintura e suas características originais", destaca João Amaro.

A outra novidade, o Breezy, foi um dos primeiros ultraleves construídos nos Estados Unidos, em 1965. Vendido em kits para ser montado em casa, com dois assentos (piloto à frente, passageiro atrás), o modelo é um dos mais populares e antigos do mundo. Hoje, apenas as suas plantas são vendidas. Para a sua construção, a equipe de restauração do Museu TAM decidiu utilizar motor de 115 HP na traseira ("pusher") e as asas do Piper J-3, modelo mundialmente conhecido como uma das mais notáveis aeronaves de instrução.



Além de peças raras, o Museu TAM tem auditório para palestras, conferências e eventos culturais; área de acolhimento e lanchonete. Em uma área dedicada a turbinas, o visitante conhece o funcionamento dos equipamentos que impulsionam os grandes jatos. Com diversas atrações relacionadas ao universo da aviação, há ainda uma exposição de uniformes que apresentam a evolução da moda no setor desde a década de 60 e o espaço Rolim, que traz história, aeronaves e trajetória da TAM Linhas Aéreas e de seu fundador, o comandante Rolim Amaro.






Museu TAM




De quarta-feira a domingo, das 10h às 16h (entrada autorizada até as 15h).
www.tam.com.br

créditos, link aqui.

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