quinta-feira, 31 de março de 2011

Mario Quintana

MÁRIO QUINTANA / Natureza


                              NATUREZA
                                                      Mário Quintana

        Não, nada de piqueniques! O encanto das paisagens numa tela é que elas não têm cheiro, nem temperaturas, nem ruídos, nem mosquitos. Nada, enfim, do que acontece nas desconfortáveis paisagens reais. Quando estive no Rio, o P.M.C.¹, meu colega, amigo e editor, se ofereceu para “uma tarde destas” me mostrar o Rio. Agradeci-lhe horrorizado: 

        - Não, muito obrigado, Paulinho! Eu sou evoluído: o que mais me agrada no Rio são os túneis... 

        Creio que ele suspirou de alívio.

        Pois bem que ele deveria saber, como poeta de verdade, que nunca se deve ser apresentado a uma paisagem. É uma situação embaraçosa. Nem ao menos se lhe pode dizer : “Muito prazer em conhecê-la, minha senhora!”

        Esse não pode ser um conhecimento voluntário, aprazado, mas uma lenta osmose inconsciente, de modo que no fim se fique pertencendo à paisagem, e vice-versa.

        Não se pode conhecer nada num minuto e só por isso é que os turistas não conhecem o mundo.

        Jamais acreditei em observação direta, principalmente quanto à criação poética. Tanto assim que quase dei a um de meus livros o belo título de “O Viajante Adormecido”. Só não o fiz porque a Gabriela me observou que o poderiam apelidar de “O Leitor Adormecido”...

        Fraqueza minha! E por que não o “leitor adormecido” mesmo? A comunicação poética, no seu mais profundo sentido, não é acaso subliminar? Os poetas que dizem tudo acabam não dizendo nada. Porque a poesia não é apenas a verdade... É muito mais!

        A Poesia é a invenção da Verdade.




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       O poema em prosa, Natureza, de Mário Quintana ((1906-1994), foi extraído de seu livro Na Volta da Esquina, Porto Alegre, RBS/Editora Globo, 1979, p.45-46.

         [Para conhecer um pouco da vida e da obra o autor, clique em MÁRIO QUINTANA].
créditos, link aqui.





Conselho Municipal de Cultura de Niterói - RJ: Niterói Usina Musical

Conselho Municipal de Cultura de Niterói - RJ: Niterói Usina Musical: "de felipeduare@gmail.com (felipeduare) A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação de Arte de Niterói, dando continuidade ao projeto Ni..."

Exposição

THOMAZ FARKAS (1924-2011)
O fotógrafo que registrou São Paulo

Por Camila Molina em 29/3/2011

Reproduzido de O Estado de S.Paulo, 26/03/11
O fotógrafo, produtor de cinema e diretor Thomaz Farkas, que na década de 1940 foi um dos fundadores do Foto Cine Clube Bandeirantes, em São Paulo, iniciativa que foi um marco da fotografia moderna brasileira, morreu no fim da tarde de ontem (25/3), aos 86 anos, de falência múltipla de órgãos. Ele havia recebido ontem alta do Hospital Sírio-Libanês, onde estava internado por causa da longa enfermidade. Morreu na casa de sua família.
Nascido em Budapeste, na Hungria, em 17 de outubro de 1924, Farkas emigrou para o Brasil em 1930 e naturalizou-se brasileiro em 1949. Seu pai foi sócio-fundador da loja Fotóptica, em São Paulo, uma pioneira no ramo fotográfico no Brasil, levada adiante por Thomaz. Em janeiro, ele inaugurou no Instituto Moreira Salles de São Paulo a mostra "Uma Antologia Pessoal" (ainda em cartaz), reunindo 40 anos de sua produção fotográfica. Afirmava que a fotografia era, para ele, "o melhor jeito de aproveitar a vida".
A entrada para o Foto Cine Clube Bandeirantes em 1942 foi importante para Farkas, pois foi nas décadas de 1940 e 50 que ele se dedicou a um período de experimentações com o preto e branco, criando uma nova linguagem de investigação formal "sintonizada com as vanguardas históricas", como já definiu o crítico Rubens Fernandes Junior.
Produtor de documentáriosMas, apesar de uma vasta produção fotográfica (são emblemáticas as imagens que realizou da construção de Brasília) e de um denso trabalho de incentivo à fotografia – ele projetou em 1950 o laboratório fotográfico do Masp, além de ter participado dos primórdios da fundação do Museu de Arte Moderna de São Paulo e de ter tido a Galeria Fotóptica – apenas na década de 1990 ele teve o devido reconhecimento como criador de imagens.
A exposição "Thomaz Farkas: Uma Antologia Pessoal", que fica em cartaz até 3 de abril, é uma boa introdução ao universo profissional do fotógrafo. Muitas das imagens da mostra são inéditas e foram escolhidas pela equipe do IMS e os filhos do fotógrafo, João e Kiko, entre as 34 mil fotos que integram em comodato o acervo do instituto. Elas estão no livro que dá título à mostra (à venda por R$ 85,00).
Thomaz Farkas foi também um grande produtor de documentários. Em 1968, ele criou a Caravana Farkas, com o intuito de percorrer regiões distantes do Brasil ao lado de outros profissionais e fazer filmes sobre culturas populares brasileiras. A empreitada originou uma série de curtas e médias-metragens. É histórica a viagem que realizou em 1975, pelo Rio Negro, ao lado do compositor Paulo Vanzolini e do cineasta Geraldo Sarno. O grupo preparava, na ocasião, material para a realização do que seria primeiro longa-metragem da caravana. A Videofilmes lançou uma caixa com sete deles produzidos pelo fotógrafo nas décadas de 1960 e 1970, que trazem entrevistas e curtas com sua participação. A caixa reúne documentários raros, como a estreia do diretor Paulo Gil Soares, Memória do Cangaço, produção que ganhou o prêmio Gaivota de Ouro do Festival Internacional do Filme em 1965. Outros realizadores produzidos por Farkas que estão na caixa são Geraldo Sarno e Maurice Capovilla, além do próprio, que assina a fotografia de filmes como Trio Elétrico, de Miguel Rio Branco (colaborou Antonio Gonçalves Filho).
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Notícias e Eventos

DISNEY ON ICE - RIO


Diversão e organização local garantidas pelo Projeto Escola da Diverte Cultural. Benefícios extensivos para toda a comunidade escolar, inclusive para convidados e familiares.

Como na Disney World, os personagens mais famosos do mundo, ganham vida e invadem a pista de gelo do Maracanãzinho.

São 37 patinadores de 13 países e 1324 figurinos, em uma grande homenagem aos anos 60.
Uma super iluminação complementa este cenário fantástico!
Luz, som, patinação, ação! Imagine que legal poder relembrar ou experimentar as atrações mais famosas de Walt Disney World® no Rio de Janeiro. Esta é a proposta do espetáculo Disney On Ice - Aventuras em Wald Disney Word, de 25 a 29 de maio de 2011.
A aventura começa quando a família super poderosa de Os Incríveis tenta passar umas férias normais – o que é impossível para uma família com super-poderes. Junto com esta família incrível, poderemos ver Baloo, na “Jungle Cruise” e Buzz Lightyear voando na “Space Mountain”®.
Agora, legal mesmo será acompanhar a Branca de Neve e a Cinderela durante um Desfile de Luzes. Ou serão os sustos na Mansão Mal Assombrada e a batalha dos Piratas do Caribe...
Pensando melhor, ver de perto as xícaras de chá da Mad Tea Party pode ser a principal atração e, além disso temos Mickey, Minnie, Donald, Margarida, Pateta, Pluto, e os personagens de Toy Story 3 e de Alice no País das Maravilhas.
Difícil será esperar até maio.
Garanta já o ingresso de sua turminha!!!

São 37 patinadores de 13 países e 1324 figurinos, em uma grande homenagem aos anos 60.
Uma super iluminação complementa este cenário fantástico!
Luz, som, patinação, ação! Imagine que legal poder relembrar ou experimentar as atrações mais famosas de Walt Disney World® em São Paulo. Esta é a proposta do espetáculo Disney On Ice - Aventuras em Wald Disney Word, de 1º a 12 de junho de 2011.
A aventura começa quando a família super poderosa de Os Incríveis tenta passar umas férias normais – o que é impossível para uma família com super-poderes. Junto com esta família incrível, poderemos ver Baloo, na “Jungle Cruise” e Buzz Lightyear voando na “Space Mountain”®.
Agora, legal mesmo será acompanhar a Branca de Neve e a Cinderela durante um Desfile de Luzes. Ou serão os sustos na Mansão Mal Assombrada e a batalha dos Piratas do Caribe...
Pensando melhor, ver de perto as xícaras de chá da Mad Tea Party pode ser a principal atração e, além disso temos Mickey, Minnie, Donald, Margarida, Pateta, Pluto, e os personagens de Toy Story 3 e de Alice no País das Maravilhas.
Ficha Técnica
Local PGinásio do Maracanãzinho
Endereço R. Prof. Eurico Rabelo, s/n - Rio de Janeiro - RJ
Indicação Pedagógica Livre
Temporada para Escolas sessão única para escolas: 26/05/2011 às 15h
Saiba Mais (11) 3883-9090
e-mail exposicao@divertecultural.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Local:Ginásio do Maracanazinho.
Data: 26/05/2011 - quinta-feira, 15h (sessão única para escolas).
Reservas: envie e-mail para teatro@divertecultural.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou ligue para 11.3883.9090.
Difícil será esperar até maio.
Garanta já o ingresso de sua turminha!!!
mais informações, acesse aqui.

Arte


Portraits and illustrations by Alexey Kurbatov


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Programação

Festejo e Fé - Karla Silva

(Clique na imagem para ampliar)
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Fotoshop e foto manipulação

Elena Dudina











Elena Dudina, de Espanha. Photoshop e foto-manipulação - quando aliadas a um espírito criativo - podem produzir resultados surpreendentes. O difícil será certamente obter um resultado sóbrio e credível... com todos os recursos que o digital coloca nas mãos dos artistas.

Para conhecer mais sobre esta artista:

quarta-feira, 30 de março de 2011

Seminário Temático de Arte e Cultura popular

Seminário Temático de Arte e Cultura Popular Máquinas Poéticas

O Museu Casa do Pontal apresenta, nos dia 8 e 9 de abril de 2011, a oitava edição da série “Seminários Temáticos de Arte e Cultura Popular”, com o tema “Máquinas Poéticas”. Serão realizadas mesas redondas e oficinas, com o tema do movimento na arte, a partir da proposta da exposição temporária “Máquinas Poéticas”, em cartaz no museu até o dia 05 de junho de 2011. A exposição promove o diálogo da obra de Abraham Palatnik, pioneiro da arte cinética no Brasil, com a dos artistas populares Adalton Lopes, Nhô Caboclo, Laurentino e Saúba.
O seminário terá a participação de Luiz Camillo Osorio, crítico de arte e curador do MAM- RJ; Angela Mascelani, antropóloga e diretora do Museu Casa do Pontal; Mestre Saúba, artista, e Vicente de Mello, fotógrafo. As oficinas serão com Mestre Saúba e Juliana Prado, atriz, arte educadora e coordenadora do programa educacional e social do Museu Casa do Pontal.
Programação:
Dia 8 de abril, sexta-feira
(aberto ao público em geral, mediante inscrições prévias)
9h30 - Chegada dos participantes
10h - Palestra “Movimento e Experimentação” com Luiz Camillo Osorio (crítico de arte e
curador do MAM-RJ) e Angela Mascelani (antropóloga e diretora do Museu Casa do Pontal)
14h – Mesa “Cenas Poéticas” com Mestre Saúba (artista e brincante) e Vicente de Mello
(fotógrafo).
17h30 - Encerramento

Dia 9 de abril, sábado

(dedicado a educadores , gestores socioculturais e estudantes de pedagogia e licenciatura)
10h - Oficina de elaboração de propostas educativas e culturais com Mestre Saúba e
Juliana Prado (atriz, arte educadora e coordenadora do programa educacional e social do
Museu Casa do Pontal)
17h - Encerramento

Perfil dos palestrantes e oficineiros:

Luiz Camillo Osório
Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e professor de
Estética e História da Arte da UniRio. É crítico de arte e atualmente curador do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Autor de artigos, catálogos e livros de arte, como “Abraham Palatnik” publicado em 2000, pela Cosacnaify.
Angela Mascelani
Doutora em Antropologia Cultural pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mestre em Antropologia da Arte pela Escola de Belas Artes da mesma instituição. Autora dos livros “O mundo da arte popular brasileira” (2000) e “Caminhos da Arte Popular: o Vale do Jequitinhonha” (2008). É Diretora do Museu Casa do Pontal.
Mestre Saúba
Antônio Elias da Silva, conhecido como Mestre Saúba, é natural de Carpina, PE. Aprendeu a confeccionar bonecos de mamulengo na juventude. Considerado um dos melhores escultores do gênero no Brasil, ficou famoso por alguns de seus trabalhos, como a boneca Dona Lindalva, em tamanho de gente, com quem ele se apresenta dançando; as obras de mamulengo que formam conjuntos, ou mesas e são articuladas e os bonecos ciclistas que se movimentam sob comando das mãos.
Vicente de Mello
Vicente de Mello é fotógrafo, especializado em História da Arte pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro. Seus trabalhos artísticos foram exibidos no Brasil e no mundo,
como Bienal de Havana (1997), Museo del Barrio, de Nova York (2001), MALBA de Buenos
Aires (2002) e Maison Européene de la Photographie, em Paris (2007). Em 2007, recebeu o
prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). É autor do livro Áspera imagem
(Aeroplano, 2006).
Juliana Prado
Atriz, arte educadora e coordenadora do Programa Educacional e Social do Museu Casa
do Pontal. Licenciada em Educação Artística da Universidade Metodista do Rio (Bennett).
Foi coordenadora executiva da Casa das Artes da Mangueira e do Programa Educativo do
CCBB-RJ.
As vagas são limitadas. Inscrições pelo e-mail producao@museucasadopontal.com.br e informações pelos telefones: 2490-3278 / 2490-4013.
Posted by Paula Dalgalarrondo 
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Cinema

Calendário e locais de exibição do filme Assim é, se lhe parece:

06/04, quarta-feira, 21h
Unibanco Arteplex, sala 6
Praia de Botafogo 316, Botafogo, Rio de Janeiro - RJ
21-2559-8750

07/04, quinta-feira, 13h
Unibanco Arteplex, sala 6
Praia de Botafogo 316, Botafogo, Rio de Janeiro - RJ
21-2559-8750
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Artista plástico

Mi nombre es Claudio Tomassini soy un artista de Argentina. Nací el 24 de octubre de 1969 en la ciudad de Bahía Blanca, tengo 41 años y resido actualmente en la ciudad de Bahía Blanca.Residi tambien en la ciudad de Rosario donde he desarrollado diferentes actividades relacionadas con el Arte. Mi formación es académica (conservatorio).

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Cineclube chega mais

Cine Chega Mais filma o curta "1 ano"

Qual a sensação que a perda de um filho tem para uma mãe? O curta metragem "1 ano" aborda esse tema delicado, família sofre a perda de um filho que nunca mais vai sorrir para os seus pais, que nunca mais vai brigar com a irmã. Em "1 ano" tudo se resolve? O curta foi rodado hoje pelos alunos das oficinas de cinema "Cine Chega Mais" e mais uma vez o bairro do Rio Comprido foi movimentado por jovens e adultos com câmera, microfone, rebatedor e com muita vontade de ingressar na carreira do audiovisual. O filme será exibido em uma sessão no´próximo sábado gratuitamente na Praça Condessa Paulo de Frontin no Rio Comprido.

Cenas do filme














festival de Dança

Vivadança Festival Internacional

mexa-se1
Festival VIVADANÇA acontece de 1º a 30 de abril, em Salvador.
Batizado inicialmente com o nome de Mês da Dança no Vila, o Festival foi criado em 2007, a partir de uma articulação da diretora do Núcleo Viladança do Teatro Vila Velha, Cristina Castro, com grupos que já vinham para a Bahia e desejavam apresentar-se no espaço. Num convênio de colaboração para difusão da dança entre o Governo do Estado e o Teatro Vila Velha, a diretora acrescentou à programação nacional apresentações de grupos locais, oficinas, debates, exibição de vídeos e palestras.
Em 2008, a programação passou a ser mais curatorial e contou pela primeira vez com a participação de grupos internacionais: o Science Friction, do Canadá, e o Asier Zabaleta, da Espanha. Neste ano surgiu o projeto Casa Aberta, mostra feita a partir da inscrição de mais de 40 artistas da cidade. Mesas redondas, palestras, exibições de videodança e documentários continuaram a integrar a programação, ajudando a refletir sobre a dança, enquanto a oferta de oficinas e de espaço para a improvisação estimularam a sua prática.
Em 2009, o Festival participou do Ano França-Brasil, com exibições de documentários franceses sobre a dança, a apresentação da Cie Toufik OI e a oficina gratuita de seu coreógrafo Toufik Oudhriri Idrissi. No mesmo ano, Lanònima Imperial e Daniel Abreu vieram da Espanha com espetáculos e oficinas. Do Brasil, participaram grupos de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Ainda nessa edição aconteceu a mostra Hip Hop em Movimento, trazendo a Batalha de Break Dance – Evolução Hip Hop, pela primeira vez, para um teatro.
Em 2010, o VIVADANÇA abordou desde as origens do samba ao mais delicado estilo coreográfico oriental, reunindo diversos artistas baianos, de outros estados brasileiros, da Espanha e do Japão. Esta quarta edição trouxe como novidades o lançamento do 1° Prêmio VIVADANÇA, para fomentar criações coreográficas e estimular a pesquisa e a produção de novos espetáculos baianos.
Todos os anos, o VIVADANÇA promove a democratização do acesso através de um programa de formação de plateia, fruto da articulação com ONGs, rede escolar pública e privada, associações de pessoas portadoras de necessidades especiais, associações comunitárias e grupos artísticos do subúrbio.
Saiba mais

Cine Clube Tutano Filme Clube Araruama

Sessão#08 – Anos de Chumbo



ANOS DE CHUMBO
Em diferentes linguagens, curtas-metragens buscam refletir sobre o poder e os chamados “anos de chumbo” no Brasil, período mais repressivo da ditadura militar (1964-1985) que teve início com a promulgação do AI-5, em 1969. Marcado pela violência e pela falta de limite dos ocupantes do poder, os cidadãos brasileiros tiveram seus direitos políticos e individuais suprimidos e o país viveu um período de censura, falta de democracia e perseguição política aos que eram contra o regime militar. O programa tenta reconstruir o quebra-cabeça da trilha do poder e da resistência. Uma animação sobre a tirania faz uso da metáfora e da ironia para mostrar o quanto é difícil moldar a natureza humana. As histórias reais dos desaparecidos, dos mortos, dos suicidados, dos sobreviventes se juntam a ficções que mostram que a liberdade sempre surge como fator de resistência social e que a rebeldia é estratégia de luta e de conquista.

Curtas:
- O Reino Azul de José Medina, Lancast Mota e Otto Guerra
(RS, 1989, Animação, Colorido, 15 min.)
As atribulações de um rei tirano que, para fugir do tédio, decide pintar todo o seu reino de azul.
- Clandestinos de Patricia Moran
(MG, 2001, Experimental, Colorido, 11 min.)
Imagens-situações sobre o processo de esconde-esconde vivido por estudantes que, no final dos anos 1960, lutaram politicamente pela igualdade social, sendo perseguidos e assassinados.
- Vala Comum de João Godoy
(SP, 1994, Documentário, Colorido/PB, 32 min.)
A partir de uma vala comum clandestina encontrada no Cemitério de Perus, na periferia de São Paulo, um passado mantido oculto emerge para exumar parte da história recente do país.
- O dia em que Dorival encarou a guarda de Jorge Furtado e José Pedro Goulart
  RS, 1986, Ficção, Colorido, 15 min.
Numa prisão militar, numa noite de muito calor, o negro Dorival tem apenas uma vontade: tomar um banho. Para consegui-lo, vai ter de enfrentar muitas dificuldades e acabar com a tranquilidade no quartel.
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domingo, 27 de março de 2011

Estação do Patrimônio: Aberto edital 2011 para projetos para o Fundo de D...

Estação do Patrimônio: Aberto edital 2011 para projetos para o Fundo de D...: "Estão abertas as inscrições para envio de projetos ao Fundo de Direitos Difusos até dia 15-04. Eles aceitam projetos com valor de até R$ 4..."

fotografia

"PRIMAVERA Y NIEVE". (En muchos lugares).

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Notícias e Eventos

Espetáculo do Circuito Cultural Paulista em Bananal: As Pagus. Vamos ligar o espetáculo ao conteúdo de biografias sugerido pelo Currículo de SP?

A beleza intrigante, inteligente e multifacetada de Pagu.

Pagu, Oswald de Andrade e o filho do casal.
Patrícia Rehder Galvão, Pagu, defendia a participação ativa da mulher na sociedade e na política - e foi a primeira brasileira do século 20 a ser presa política. Aos 15 anos, estudava para professora na Escola Normal e era colaboradora de um jornal de bairro em São Paulo, com o pseudônimo Patty.De acordo com seu biógrafo Augusto de Campos, o apelido Pagu foi dado pelo poeta Raul Bopp, quando Patrícia lhe mostrou alguns poemas. Bopp sugeriu que ela adotasse um nome literário feito com primeiras sílabas de seu nome e sobrenome: Pagu. Foi um engano de Bopp, pensando que a moça se chamasse Patrícia Goulart. Mas ele escreveu um poema para ela, O coco de Pagu, e o apelido pegou.Tinha 19 anos quando conheceu o casal de modernistas Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral que a apresentaram ao movimento antropofágico e praticamente a "adotaram".Em 1930 Oswald separou-se de Tarsila e se casou-se com Pagu que estava grávida de seu primeiro filho, Rudá de Andrade, nascido no mesmo ano. Três meses após o parto, Pagu viajou para Buenos Aires, na Argentina, para participar de um festival de poesia. Conheceu Luís Carlos Prestes, e voltou entusiasmada com os ideais marxistas.Na volta, filiou-se ao Partido Comunista (PCB), junto com Oswald. Foi o início de um período de intensa militância política. Em março de 1931, o casal fundou o jornal "O Homem do Povo", que apoiava "a esquerda revolucionária em prol da realização das reformas necessárias". Em seus artigos, Pagu criticava as "feministas de elite", e os valores das mulheres paulistas das classes dominantes. Oswald publicou ataques à Faculdade de Direito do Largo São Francisco, chamando-a de "cancro" que minava o Estado. O tablóide foi empastelado pelos estudantes da faculdade e o Secretário de Segurança do Estado mandou fechar o jornal. No mesmo ano, em 15 de abril de 1931, Pagu foi presa como militante comunista, durante uma greve dos estivadores em Santos. Quando foi solta, o PCB a fez assinar um documento em que se declarava uma "agitadora individual, sensacionalista e inexperiente". Seu primeiro romance, "Parque industrial", foi publicada em 1933, mas Pagu teve de assiná-la como Mara Lobo: foi uma exigência do Partido Comunista. A obra é uma narrativa urbana sobre a vida das operárias da cidade de São Paulo. JornalismoCorrespondente de vários jornais, Pagu visitou os Estados Unidos, o Japão e a China. Entrevistou Sigmund Freud e assistiu à coroação de Pu-Yi, o último imperador chinês. Foi por intermédio dele que Pagu conseguiu sementes de soja, enviadas ao Brasil e introduzidas na economia agrícola brasileira. A seguir, Pagu foi à União Soviética. Registrou, em "Verdade e Liberdade", sua decepção com o comunismo: "o ideal ruiu, na Rússia, diante da infância miserável das sarjetas, os pés descalços e os olhos agudos de fome". Filiou-se ao PC na França, onde também fez cursos na Sorbonne, em Paris. Foi presa como militante comunista estrangeira, em 1935. Ia ser deportada para a Alemanha nazista, quando o embaixador brasileiro Souza Dantas conseguiu mandá-la de volta ao Brasil.Pagu separou-se de Oswald de Andrade e começou a trabalhar no jornal "A Platéia". Durante a revolta comunista de 1935, Pagu foi presa e torturada outra vez. Cumpre cinco anos e mais seis meses por se recusar a prestar homenagem a Adhemar de Barros, interventor federal em visita ao presídio. Nesse período, foi perseguida pelos integrantes do PC. Patrícia rompe com o partido ao sair da cadeia, em 1940. Estava muito doente, arrasada, e pesava 44 quilos - tentou suicídio ao ser libertada.No ano seguinte, casada com o jornalista Geraldo Ferraz, teve seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz. Trabalhou nos jornais cariocas "A Manhã", "O Jornal", e nos paulistanos "A Noite" e "Diário de São Paulo". Com o pseudônimo de King Shelter, escreveu contos de suspense para a revista "Detetive", dirigida pelo dramaturgo Nelson Rodrigues.Voltou a tentar suicídio, em 1949. Nos anos seguintes, foi crítica literária, teatral e de televisão no jornal "A Tribuna", de Santos. Nessa cidade, liderou a campanha para a construção do Teatro Municipal, além de fundar a Associação dos Jornalistas Profissionais. Também criou a "União do Teatro Amador de Santos", por onde passariam os novatos Aracy Balabanian, José Celso Martinez Correa, Sérgio Mamberti e Plínio Marcos.Pagu voltou a Paris em setembro de 1962, para ser operada de câncer. A cirurgia não teve êxito e ela tentou suicídio novamente. Muito doente, viveu até dezembro. Na véspera de sua morte, um último texto seu é publicado em "A Tribuna" - o poema "Nothing".
(Uol- Educação)
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u655.jhtm
Circuito Cultural Paulista 2011 apresenta:



As Pagus: Peça apresentada pelo Circuito Cultural Paulista

Pagu Senhora está moribunda, quando Pagu Antropofágica pede a ela mais algumas horas para relembrar os instantes vividos intensamente em celas, hospitais, navios e países distantes. Um momento para recordar amigos, amantes, filhos, vida jornalística, artística, política e teatral. O espetáculo traz fragmentos de textos de Patrícia Galvão. Várias vidas, várias obras, múltiplas mulheres em uma só alma.

Duração: 50 min
Classificação indicativa: 12 anos

26/03/2011 - 20 horas - Centro Cultural Carlos Cheminand - Bananal

sábado, 26 de março de 2011

Fotografia

Fotografias de Pássaros por Andrew Zuckerman #1

Daniel Caceiro

Atualmente trabalhando como Consultor de SEO na Kalunga, e idealizador do Mais Tatuagem. Administrador do site BlendUp trabalhando com criação de conteúdo editorial e lançamento de novos produtos, sejam eles offline ou online, como camisetas, toy arts, objetos de decoração, etc…

Fotografias de Pássaros por Andrew Zuckerman #1

Andrew Zuckerman é um fotógrafo Norte-Americano (nascido em 1977 em Washington D.C). Iniciou os estudos no International Center of Photography em Nova Iorque. Entrou na School Of Visual Arts para estudar fotografia e cinema, onde se graduou em 1999.
créditos link aqui.
fotografias de passaros 1 500x251 Fotografias de Pássaros por Andrew Zuckerman #1
Desde então recebeu diversos prêmios, incluindo D&AD, One Show, BDA e muitos outros.
Seus trabalhos já foram solicitados por grandes marcas ao redor do mundo e em 2007, completou seu primeiro filme: High Falls, que teve sua premiere no festival Sundance.
Abaixo segue a parte 1 de seus trabalhos de fotografias de pássaros.
fotografias de passaros 2 500x337 Fotografias de Pássaros por Andrew Zuckerman #1
fotografias de passaros 3 500x364 Fotografias de Pássaros por Andrew Zuckerman #1
fotografias de passaros 4 500x355 Fotografias de Pássaros por Andrew Zuckerman #1

fotografias de passaros 5 500x271 Fotografias de Pássaros por Andrew Zuckerman #1

Meio Ambiente Urgente!

sábado, 26 de março de 2011

JAPÃO, UM ALERTA PARA O MUNDO

 “Hoje os EUA são o país com maior número de usinas nucleares: são 104 no total. Isso representa 18% da matriz energética daquele país. A França está no topo dos países com maior dependência desse tipo de energia: 80% da matriz é nuclear. No Brasil, o uso de energia nuclear não chega a 3% do total que é consumido.”
“O Japão tem 55 reatores nucleares que funcionam em 17 usinas distribuídas pelo país. Juntas, elas geram 36% de toda a energia consumida pelos japoneses.”
“O vazamento de césio 137, assim como de outros elementos radioativos, pode provocar deformação nas células da população exposta. Consequentemente a ocorrência de câncer.” (Informações da Folha de São Paulo, 13/03/2011)
O vazamento na usina de Fukushima, no Japão, nos traz mais uma vez à memória os ataques nucleares de 1945. As bombas mataram 140 mil japoneses em Hiroshima e calcula-se que mais de 340 mil tenham sido expostos diretamente à radiação. Em Nagasaki estima-se que os mortos foram 74 mil na explosão e mais de 70 mil até um ano depois.
O uso da energia nuclear passa a ser um alerta para o mundo. Países como a Suíça e Alemanha começam a rever seus projetos de energia nuclear. E os efeitos da radiação atômica estão sendo estudados por cientistas do mundo inteiro.
Grupos de ambientalistas protestam contra as usinas nucleares, justificam que se o Japão, um país tão preparado para esses acontecimentos, não consegue proteger sua população, certamente a Europa também não conseguiria.

Neste blog envio um apelo às autoridades competentes: “Se quiserem a preservação da vida no planeta Terra, desativem as usinas nucleares.”

 Todos nós precisamos pensar um pouco sobre outras formas de energia menos agressivas e perigosas.
No Brasil o aquecimento solar é utilizado em 10.000 habitações populares. Belo Horizonte é a capital solar do Brasil, com placas de captação em 2.000 edifícios. Tive a oportunidade de assistir a uma palestra do engenheiro Carlos Faria “Energia Solar – Mercado, Legislação e Aplicações”, no Seminário Internacional Sustentabilidade e Ecoconstrução, em Setembro de 2010 em Belo Horizonte: “A cidade que (re)construirmos hoje definirá nosso compromisso futuro com a sustentabilidade do planeta.” Carlos Faria é coordenador da Iniciativa Cidades Solares do Brasil. Naquela palestra ele nos mostrou como a energia solar vem sendo utilizada em diversos países: Portugal, França, Espanha, Itália, Alemanha, China, Índia, Brasil e vários outros. Destaca-se Israel, onde a instalação de aquecedores solares é obrigatória desde 1980.

Os tradicionais moinhos de vento da Holanda, que povoaram a imaginação das crianças e de todos nós, estão sendo relembrados agora, com a utilização da energia eólica.

Gostaria de acrescentar aqui a experiência de Teresa e Pedro com energia solar para uso popular. “ Em Aracaju existe uma iniciativa afim de aproveitar a energia solar para a cocção de alimentos. O fogão solar pode ser feito de forma simples, com materiais reutilizados, como caixas de papelão e chapas de zinco. Participei de várias oficinas por todo o Estado de Sergipe, ensinando a cozinhar com o sol. O povo vibrou com a novidade, pois muitas pessoas dependem da lenha cada vez mais escassa.”
Teresa me presenteou com um fogão feito em uma caixa de papelão, revestido internamente com papel alumínio. Procurei um lugar que tivesse muito sol e instalei o fogão na frente da minha casa. Depois de 1 hora o vapor começava a subir da panela e uma vizinha me perguntou curiosa: - o que você está fazendo aí? – cozinhando feijão, eu respondi. – só mesmo você Maria Helena! E eu pensei comigo mesma: hoje ninguém acredita, mas um dia terão que acreditar.

O fogão solar pode também ser considerado “arte contemporânea à margem dos museus”.

*Fotos da internet

VISITE MEU OUTRO BLOG “MEMÓRIAS E VIAGENS” CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA. HOJE ESTÁ SENDO POSTADO “SUBINDO OS HIMALAIAS”.
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Cineclube Buraco do Getúlio

4º Filme do Ciclo Mulher

De acordo com a Wikipédia, a enciclopédia livre, "um nome próprio é um substantivo que distingue e identifica algo de forma específica, como uma pessoa, um lugar ou entidade geográfica". Marca. Singularidade. Amontoado de letras significativas.

Nome Próprio, de Murilo Salles, navega na escrita como uma grande paixão misturada com a experiência complexa de Camila Lopes, 20 e poucos anos, "fudida", morando fora de casa, marginal, inteligente, blogueira, "promíscua", "esquisita", apaixonada por arte. 


A intensidade e o isolamento. As características de quem não tem compreensão. Nome Próprio: "a palavra que se perdeu, que escapuliu entre (...) dedos, que escorreu por (...) mãos."
assista ao vídeo, link aqui.

Cineclube Ciência em foco

O que há por trás das lentes

Conheça um pouco mais do palestrante do Ciência em Foco de 2 de abril, o professor de filosofia da UFF Patrick Pessoa.




"Blow up é um exemplo maravilhoso do modo como o contato entre cinema e literatura amplifica a riqueza de ambos. Depois de se ver o filme de Antonioni, o conto de Cortázar fica muito melhor".



1) Fale um pouco da sua trajetória.

Fiz graduação, mestrado e doutorado em Filosofia na UFRJ, com dois estágios de pesquisa na Alemanha, o primeiro em Freiburg (1996-1997) e o segundo em Berlim (2004-2005). Desde 2009, sou professor do Departamento de Filosofia da UFF e a partir deste ano serei também professor do recém-criado Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFF, como integrante de uma linha de pesquisa em Estética e Filosofia da Arte. Desde cedo, aliás, me interessei pelas questões estéticas. Comecei pensando as relações entre arte e filosofia, tendo como ponto de partida a literatura. Este primeiro ciclo do meu trabalho se encerrou no doutorado, dedicado a uma interpretação filosófica das "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. Essa pesquisa deu origem ao meu primeiro livro: "A segunda vida de Brás Cubas: A filosofia da arte de Machado de Assis", publicado pela Editora Rocco em 2008 e finalista do Prêmio Jabuti de Crítica e Teoria Literária. Ao mesmo tempo em que pensava a relação arte-filosofia na literatura, comecei a dar uma série de cursos sobre essa mesma relação tendo como base o cinema. O primeiro curso que dei sobre o assunto ocorreu em 2001. Este ano, dez anos depois, será publicado pela Editora Autêntica o livro com os resultados dessa longa pesquisa, "A História da Filosofia em 40 Filmes", que escrevi em parceria com o Alexandre Costa. Desde o pós-doutorado, que realizei na PUC-RJ em 2008-2009, estou construindo um terceiro ciclo para o meu trabalho, estudando a obra de Bertolt Brecht e as relações entre teatro e filosofia.

2) Por que falar a partir do cinema?

Durante dez anos, dei aula no Ensino Médio. O cinema, a princípio, me pareceu um suporte privilegiado para abordar questões filosóficas com os alunos de que dispunha, muito mais familiarizados com a linguagem cinematográfica do que com a literária. À medida que o meu trabalho avançou, porém, tornou-se evidente para mim que alguns dos principais clássicos da história do cinema não apenas ilustravam conceitos ou correntes filosóficas de forma acessível, mas exigiam uma reformulação de alguns dos principais pressupostos de uma crítica filosófica de obras de arte em geral, que historicamente foram forjados tendo como base a literatura.
3) Sua trajetória de pesquisa envereda pelo diálogo e pelas contaminações que se produzem entre arte e filosofia, seja com a dramaturgia de Brecht ou com a literatura de Machado de Assis, e atualmente com o cinema. De que modo as diversas expressões artísticas, e seus diferentes suportes, nos permitem ativar e ampliar questões filosóficas?

No século XX, com a crise da metafísica e a tarefa de se forjar uma espécie de "ciência do singular", no âmbito da qual as diferenças não fossem apagadas em prol de um apreço desmedido a identidades fixas e estáveis, a filosofia se apromixou muito da crítica de arte. Filósofos tão distintos quanto Heidegger, Deleuze, Adorno, Benjamin, Foucault, Merleau-Ponty e Derrida escreveram ensaios importantes sobre obras de arte dos mais distintos registros. A análise imanente de obras de arte singulares é um ponto de partida muito fértil para a construção do que se poderia chamar de "filosofia pós-metafísica".
4) O filme Blowup nos apresenta a obsessão de um fotógrafo para descobrir se fotografou acidentalmente um assassinato. Pode-se dizer que a fotografia, técnica crucial para a trama do filme de Antonioni, colocou um problema - assim como o cinema - dirigido à nossa forma de perceber o mundo?
O mito fundador da fotografia é o de uma reprodução integral da realidade sem a interferência da subjetividade humana, o qual ganha nova força com a invenção dos irmãos Lumière. A fotografia e posteriormente o cinema surgem prometendo uma reprodução absolutamente objetiva da realidade. O filme de Antonioni problematiza essa vocação originária da fotografia através da formulação de uma das questões mais fundamentais da história da filosofia: aquela que investiga as complexas relações entre realidade e representação, verdade e aparência, interpretação e ilusão.
5) Antonioni adaptou, em Blowup, o conto do escritor argentino Julio Cortázar As babas do diabo. Existe alguma continuidade ou descontinuidade inserida nesta adaptação? Ou seja: de que forma esta proposta, que pressupõe a tradução das particularidades artísticas da literatura para o cinema, contribui para enfatizar as questões em jogo?

Blow up é um exemplo maravilhoso do modo como o contato entre cinema e literatura amplifica a riqueza de ambos. Depois de se ver o filme de Antonioni, o conto de Cortázar fica muito melhor. Depois de se ler "As babas do diabo", vê-se muito melhor o filme de Antonioni. Assim como o problema da fotografia é o de traduzir as coisas em imagens que lhes sejam de algum modo fiéis, o problema de uma adaptação cinematográfica de uma obra literária também é o problema da tradução. Tentarei mostrar na minha palestra como a questão da tradução permite articular os dilemas de David Hemmings, o fotógrafo de Blow up, e também os de Michelangelo Antonioni, que fotografa o fotógrafo. Se nos recordamos que o personagem de Hemmings é baseado no conto de Cortázar, cujo protagonista é tradutor e fotógrafo, a ênfase na questão da tradução e de sua relação com a fotografia fica justificada.
6) Gostaria de fazer um convite para as pessoas assistirem à sua palestra no próximo Ciência em Foco?

Benjamin dizia que uma das grandes forças do cinema era o fato de depender de uma recepção coletiva. Ao contrário da pintura ou mesmo da literatura, calcadas numa fruição individual, com tendências auratizantes, no cinema as reações da plateia (pensada como um coletivo que transcende a soma das individualidades de seus integrantes) interferem necessariamente na construção do sentido da obra. Uma sala vazia, sob essa ótica, não permite a realização das potencialidades mais radicais do cinema. Assim, quem ama o cinema e quer colaborar para a sua sobrevivência nesses tempos tão difícieis de uma dominância quase absoluta dos block busters deve comparecer ao Ciência em Foco...
7) Como conhecer mais das suas produções? Você tem outros trabalhos a partir de leituras de filmes? Você poderia disponibilizar algum email para contato?
Os áudios das 40 aulas sobre 40 filmes distintos que eu e o Alexandre Costa demos em 2009-2010 no Teatro da Caixa Cultural (Teatro Nelson Rodrigues) encontram-se disponíveis no site www.lavoroproducoes.com.br. A partir do dia 18 de maio de 2011, começaremos no mesmo local, todos os sábados, às 10 e meia da manhã, com entrada franca, a segunda etapa do nosso projeto, agora intitulado "A história da Filosofia em mais 40 filmes". Para um contato pessoal, meu email é pessoapatrick@gmail.com
créditos ,link aqui. 

VISTA DE ARTE - CRISTINA FALERONI: PLACIDO DOMINGO y su gran noche en Buenos Aires

VISTA DE ARTE - CRISTINA FALERONI: PLACIDO DOMINGO y su gran noche en Buenos Aires

Blog Novas do Circo: Dica de Cinema: Sucker Punch

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Festival

Inscrições abertas para IX Festival de Música Educadora FM (BA)

As inscrições para o IX Festival de Música Educadora FM estarão abertas a partir da próxima sexta-feira (25/03). A premiação, de R$ 56 mil reais, as categorias e as regras permanecem as mesmas da edição de 2010. Ou seja, para concorrer, o candidato precisa ser baiano ou residir na Bahia há pelo menos dois anos e apresentar até duas gravações inéditas.
Os 14 finalistas (autores e intérpretes) que irão integrar o CD do Festival 2011 serão conhecidos em data anterior ao anúncio dos vencedores nas cinco categorias e suas músicas passarão por um período de veiculação na Educadora FM 107.5 até o dia da premiação final, programada para o segundo semestre.
As inscrições poderão ser realizadas, das 14 horas às 17 horas, diretamente na Rádio Educadora – Rua Pedro Gama, 413e, Federação, Salvador, Bahia, CEP 40 231 000 – ou por meio de postagem via Correios para o mesmo endereço.
Confira as categorias e os respectivos prêmios:
Melhor Música Vocal: R$ 12.000,00
Melhor Música Instrumental: R$ 12.000,00
Melhor Intérprete Vocal: R$ 6.000,00
Melhor Intérprete Instrumental: R$ 6.000,00
Melhor Arranjo: R$ 6.000,00
14 Finalistas do CD: R$ 1.000,00 cada um
créditos, link aqui.

Cine Camarim: Grátis :: Última sessão Cenário Carioca - L.A.P.A

Cine Camarim: Grátis :: Última sessão Cenário Carioca - L.A.P.A: "O CineCamarim fecha o mês de Março com o documentário L.A.P.A e se prepara para exibição de curtas da 10º Mostra do Filme Liv..."

Rio&Cultura : Matérias / Artigos : Exposição traz ao rio obra do artista gráfico Glauco Rodrigues

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Rio&Cultura : EXPO Identidade [Liz] : Galeria Gustavo Schnoor [Centro Cultural da UERJ]

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Entre Artes

Jose de la Barra










Jose de la Barra, oriundo do Peru. Óleos e aguarelas, surrealista.
Será difícil resistir às cores fortes, aos tradicionais panos incas - garridos - em metamorfose de linhas e máscaras. As aves - sempre presentes - são um mero exemplo dos pormenores subtis envolvidos na composição, sempre cuidada.
Muito fácil de reconhecer as obras deste autor, sem dúvida.

Para conhecer mais sobre este artista: