terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Revista da Cultura


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Um dos mais bem-sucedidos empresários do ramo de entretenimento do país, Ricardo Amaral conviveu com a alta sociedade brasileira e o jet set internacional. Proprietário de casas noturnas de grande sucesso como Papagaio, Hippopotamus e Metropolitan, vivia ao lado de famosos e poderosos, o que lhe rendeu inúmeras histórias de glamour e escândalos na noite e no mundo do show business. Artistas, políticos, modelos, jornalistas, empresários, bicheiros, divas e até os mafiosos estão presentes no espetáculo de suas recordações. Elas carregam um pouco de tudo, num entra e sai de personagens e situações, com nuances circenses – como define o empresário em sua recém-lançada biografia Ricardo Amaral apresenta: Vaudeville – memórias.

Nascido e crescido em São Paulo, Amaral iniciou sua carreira no jornalismo, tendo como mestres Samuel Wainer e Paulo Machado de Carvalho. Foi um dos pioneiros do colunismo social, mas é como empresário da noite carioca que conquista espaço nas mais importantes rodas da elite brasileira. “Ouço histórias que vivi, presenciei e em que tive participação ativa sendo contadas de formas tão diferentes que digo na introdução do livro que os fatos contados são verdadeiros, mas não consigo afirmar se realmente aconteceram. É uma grande gozação com esses adaptadores de histórias. Mas juro que meu testemunho é o mais límpido produto de absoluta imprecisão”, brinca.

Nessa “vaudeville brasileira”, Amaral não economiza palavras para expor casos comprometedores. Narra como conquistou a antipatia de Chico Buarque, ou quando João Gilberto o fez de “babaca” – como o próprio autor descreve –, passando pelas “marmeladas” dos concursos de beleza, em que participava como jurado. Num deles, convencido pela amiga Hildegard Angel, premiou Maria da Graça Meneghel, que depois se tornaria a Xuxa. “Escrevi sobre histórias inusitadas, aquelas que interessam aos voyeurs que adoram dar uma espiada para entender um pouco do que aconteceu nestas últimas décadas. Não tive reações negativas das pessoas comentadas no livro, só daqueles que não foram citados. Se tivesse de contar tudo o que vi, teríamos de fazer pelo menos 20 edições de 500 páginas”, garante. Entre acordos políticos, sociedades, início e fim de relacionamentos, Amaral recomenda aqui biografias das personalidades que estiveram presentes em sua trajetória. ©


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