terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cultura e Mercado

Arte, mãe de todas as culturas

Se cultura é a regra, arte é a exceção, dizia o filósofo. Em 2003 houve uma reforma substancial no Ministério da Cultura. As chamadas secretarias finalísticas (Artes Cênicas, Música, Audiovisual, Livro e Leitura) foram substituídas por estruturantes (Políticas Culturias, Articulação, Fomento, Identidade, Cidadania Cultural).
Se por um lado o modelo ofereceu um olhar mais abrangente para o desafio da gestão pública de cultura, por outro confinou as artes (menos o Audiovisual, que além de secretaria específica tem a Ancine) a departamentos da Funarte, já sucateada, sem orçamento e capacidade operacional.
A sensação por parte dos artistas é de abandono. Àqueles inseridos no mercado, ampliou-se a insegurança dos novos tempos, novas mídias, pirataria, cultura livre, com uma campanha (aqui veementemente combatida) de esvaziamento do sistema de financiamento, cheio de problemas e defeitos, mas existente e efetivo para um número significativo de produtores e artistas.
Não escondo de ninguém minha (quase eufórica) satisfação com a postura republicana e o discurso da Ministra Ana de Hollanda que, diferente do Ministro anterior (que tem seus méritos, mas já vai tarde), compreende as dificuldades de quem vive da própria arte. E celebra a arte como item de primeira necessidade, indispensável à nossa formação individual e coletiva. Como projeto de desenvolvimento.
Uma arte livre, autônoma, incentivada mas não controlada pelo Estado, indispensável ao projeto de ascenção social (cultural?) dos novos consumidores que surgem quase que em projeção geométrica no Brasil...continue lendo click aqui

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