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Owvaldo A.L.V., nasceu em Angola, aos três dias do mês de Dezembro, de 1948, na Companhia Indígena, local onde se situa hoje, a praça de Touros de Luanda. Filho primogénito, de um casal de humildes trabalhadores vindos da Metrópole. É com extremo orgulho, que temos aqui, a honra de conhecer um pouco da trajetória do eterno lutador; sempre em busca da justiça e do bem comum... comecemos pois, com uma pequena viagem no tempo...
Seu pai, Francisco, um transmontano, que na sua passagem pelos Algarves, conheceu uma linda jovem de nome Encarnação; casa-se então por procuração, chegando a noiva a Luanda, a bordo do navio Cuanza, desembarcando vestida a rigor, direto para os braços do seu futuro espoço. A partir daí, o casal inicia a formação da família Ventura. Com o nascimento de Valito (diminutivo de Oswaldo), como é carinhosamente chamado por seus pais, um menino que hoje, nos brinda com o seu respeitável e brilhante trabalho a frente da revista Noivas & Bodas, da qual foi diretor, editor e fotojornalista, até Outubro 2008.
Teve seu primeiro contato com a realidade da noticia e reportagem, quando militares indígena com os dentes afiados em bico, recrutados com destino à Guiné, revoltaram-se dirigindo-se à loja do Senhor Ventura, seu pai (que entretanto, a cobro da noite e do capim alto, se pôs a caminho do quartel para alertar os comandantes do que se passava), os militares em êxtase, exigiam que a mesma fosse aberta pelas 3 da madrugada para beberem, tendo arrebentado com uma das janelas, mesmo por cima da cama do Bebé do casal e na confusão um candeeiro a petróleo, caiu pegando fogo no mosquiteiro da caminha. Na dura realidade, a vida prosseguia e com ela, muitos obstáculos iam sendo enfrentados e superados, na luta constante de seus pais, sempre acompanhada pelos olhinhos atentos do pequenino Oswaldo.
Quando atingiu um ano de idade, mascarado do Sporting, com equipamento comprado na loja do Travassos, inscreveram-no num concurso de máscaras, onde lhe foi dado o Nº13, ficando em 1º lugar, recebe então, seu primeiro prémio: Uma máquina fotográfica! Nada mais inspirador! Para um futuro que se lhe apresentava... O tempo passando; o menino ávido por aprender mais e mais; crescendo; aproveitando o que a vida colocava-lhe diante dos olhos e a tudo captava, num aprendizado constante. Tempos mais tarde, inicia-se na carreira do fotojornalismo, pela mão de Renato Ramos no jornal "A Palavra", onde foi colega em áreas diferentes, de Jaques Rodrigues, hoje administrador/proprietário da "Impala", destacando-se pela competência nos vários trabalhos realizados... tendo logo de inicio como a sua grande reportagem, a consagração de Riquita "Miss Portugal", acompanhando a família Baullet durante uma semana em Moçâmedes, tendo também o seu primeiro contato com a tribo de guerreiros Mucubais, que elegeram a Riquita igualmente sua rainha.
Conheceu uma linda jovem, com quem se vem casar aos 13 de Setembro de 1973, tendo sido, descoberto pela mesma, num programa de rádio, onde, com o pseudónimo de Ramwrêz trabalhou ao lado de nomes como Pereira Venâncio, José Maria, Jorge Pego, entre outros.
Veio para Portugal como refugiado de guerra após o 25 de Abril de 75, onde voltou à fotografia no quartel da Carregueira, apoiado pelo então comandante Major César Rodrigues, durante esse período, Oswaldo (Ramyrêz), obteve vários prémios fotográficos, destacando-se entre outros: no INATEL, NUCAP (PHILIPS), EXPO 78, A.D.S.A, FRANÇA, ARGENTINA; é pela mão do então Coronel Raul Duarte Cabarrão, que ingressou na Cruz Vermelha Portuguesa, fazendo a cobertura da chegada de sua Santidade o Papa João Paulo II.
A partir daí, durante 13 anos, Oswaldo (Ramyrêz), tendo como colaboradora direta, sua mulher Fátima (Tuxa). Foi responsável por toda a imagem da Cruz Vermelha Portuguesa, trabalhando diretamente com o Coronel Alves Cardoso, Secretário-geral da instituição, que sempre reconheceu e louvou o seu trabalho e de quem ficou grande amigo. Durante a passagem pela Cruz Vermelha o nosso, Ventura como era conhecido, esteve em vários países, em serviço fotojornalista, onde destacamos, Senegal; Guiné; Cabo Verde; São Tomé; Angola; Espanha; Suíça; Brasil; Grécia; Roménia e Iraque.
Em Portugal, Oswaldo (Ramyrêz), responsável por uma grande exposição itinerante, percorreu todo o país, incluindo os Açores. Integrado nas Unidades de Socorro sempre no setor de imagem – fotojornalismo, - Oswaldo (Ramyrêz), apoiado diretamente pelo comandante Manuel Veloso, fez a cobertura de todos os exercícios das Formações Sanitárias e dos grandes acidentes e catástrofes ocorridas nesse período, onde destacamos as cheias de Lisboa, Incêndio do Chiado, acidentes ferroviários de Alcafache e Stª Iria, cobertura dos graves acidentes de motos, carros e Fórmula 1 e a cobertura dos peregrinos e Hospitais de Campanha em Fátima, onde uma das suas fotografias foi selecionada nas 8 melhores do mundo e no ano seguinte obteve o galardão da Melhor do Mundo sobre o tema socorrismo de entra 48 Países.
Em 1995 Oswaldo (Ramyrêz), abandona a Cruz Vermelha por divergências com o presidente de então Carrilho Ribeiro e sua esposa Ana Esquivel, tendo criado a única revista portuguesa na temática de casamentos " Noivas & Bodas, criou também o Portal www.noivasebodas.com e mais recentemente, a revista online “ A nossa revista “ e o Clube da Tuxa, dirigido exclusivamente pela Tuxa, que acaba de lançar a revista online "As Noivinhas da Tuxa". A Noivas & Bodas, reconhecida por todas as instituições ligadas ao casamento, fez a cobertura fotojornalista de todos os acontecimentos desta área, tendo criado o troféu "Elo Dourado" que premeia de 3 em 3 anos os melhores nas várias áreas do casamento como sejam - Melhor arranjos de frutas, mesa de queijos, fotografia, ramos de Noivas e salas.
Em 2009 foi vitima de 2 AVCs e um 3º já em 2010 que destabilizou o seu lado esquerdo, mas este lutador não vai desistir
É com imenso prazer e orgulho, que deixamos aqui, até como exemplo de uma vida de luta e de conduta ilibada: - um pouco do nosso tão querido - (RAMYRÊZ). creditos
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