Cajuri, MG: linhas penduradas há anos. Foto Guilherme Rios
Mais um capítulo de como as concessionárias e o governo federal tratam as ferrovias no Brasil. Depois de 15 anos de concessões e um início até que promissor, as concessionárias já perceberam que o governo e seus órgãos de fiscalização não fiscalizam coisa alguma e nem estão preocupados com o que acontece na malha ferroviária, que, ao contrário do que muitos brasileiros pensam, não é obsoleta nem inútil (embora seja verdade se pensar que aluns trajetos ferroviários são realmente obsoletos por terem sido construídos com tecnologia antiquada para os dias de hoje).
Mais linha pendurada, desta vez em São Geraldo, também Minas Gerais. Foto Almerindo Lama/Panorâmio
As fotografias postadas na página de hoje têm vários autores e mostram linhas que estão concessionadas, mas que não são utilizadas há praticamente o mesmo tempo em que existem as concessões. Mais precisamente, duas delas (Cajuri e São Geraldo) estão na antiga linha de Caratinga (Rio de Janeiro-Três Rios-Ubá-Caratinga) da Leopoldina. A outra, na subida da serra do Mar percorrida pela antiga linha Auxiliar da Central do Brasil.
Será que não há nada a ser transportado nessas regiões? Será que em muitas delas não seria útil o transporte ferroviário de materiais para aliviar as estradas, sempre perigosas, principalmente da forma em que são mantidas atualmente (repare que muitas das fotos aqui são de Minas Gerais, estado que tem rodovias bastante ruins)? Será que muitas destas linhas não poderiam ser utilizadas para trens regionais de passageiros, seja como transporte metropolitano, de média distância, com trens diesel ou mesmo VLTs e litorinas?
Viaduto Paulo de Frontin, construído em 1898, lindo mas sem uso algum desde 1996. Foto Elson Pinho
A concessão foi, por exemplo, péssima para o Estado de Sergipe: segundo um depoimento que recebi hoje de Marcus Vinicius S. Gonçalves, que acompanha as ferrovias no estado, a FCA fez um teste recente para transportar cimento da cidade de Laranjeiras para o estado da Bahia,foram feitas algumas viagens-teste e depois não se efetivou o transporte regular,então no momento não se transporta nada. pela única linha do Estado, que o cruza de sul a norte vinda da Bahia (Alagoinhas) e seguindo para Alagoas passando por Propriá. Só se pode transportar cimento em Sergipe (e petroquímicos, também de Laranjeiras, não?)? E só para a Bahia, para o norte, não?
créditos, link aqui.
Mais um capítulo de como as concessionárias e o governo federal tratam as ferrovias no Brasil. Depois de 15 anos de concessões e um início até que promissor, as concessionárias já perceberam que o governo e seus órgãos de fiscalização não fiscalizam coisa alguma e nem estão preocupados com o que acontece na malha ferroviária, que, ao contrário do que muitos brasileiros pensam, não é obsoleta nem inútil (embora seja verdade se pensar que aluns trajetos ferroviários são realmente obsoletos por terem sido construídos com tecnologia antiquada para os dias de hoje).
Mais linha pendurada, desta vez em São Geraldo, também Minas Gerais. Foto Almerindo Lama/Panorâmio
As fotografias postadas na página de hoje têm vários autores e mostram linhas que estão concessionadas, mas que não são utilizadas há praticamente o mesmo tempo em que existem as concessões. Mais precisamente, duas delas (Cajuri e São Geraldo) estão na antiga linha de Caratinga (Rio de Janeiro-Três Rios-Ubá-Caratinga) da Leopoldina. A outra, na subida da serra do Mar percorrida pela antiga linha Auxiliar da Central do Brasil.
Será que não há nada a ser transportado nessas regiões? Será que em muitas delas não seria útil o transporte ferroviário de materiais para aliviar as estradas, sempre perigosas, principalmente da forma em que são mantidas atualmente (repare que muitas das fotos aqui são de Minas Gerais, estado que tem rodovias bastante ruins)? Será que muitas destas linhas não poderiam ser utilizadas para trens regionais de passageiros, seja como transporte metropolitano, de média distância, com trens diesel ou mesmo VLTs e litorinas?
Viaduto Paulo de Frontin, construído em 1898, lindo mas sem uso algum desde 1996. Foto Elson Pinho
A concessão foi, por exemplo, péssima para o Estado de Sergipe: segundo um depoimento que recebi hoje de Marcus Vinicius S. Gonçalves, que acompanha as ferrovias no estado, a FCA fez um teste recente para transportar cimento da cidade de Laranjeiras para o estado da Bahia,foram feitas algumas viagens-teste e depois não se efetivou o transporte regular,então no momento não se transporta nada. pela única linha do Estado, que o cruza de sul a norte vinda da Bahia (Alagoinhas) e seguindo para Alagoas passando por Propriá. Só se pode transportar cimento em Sergipe (e petroquímicos, também de Laranjeiras, não?)? E só para a Bahia, para o norte, não?
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