Exposição de fotografias

Fabrizio Fasano abre em São Paulo sua primeira exposição autoral, “Observador”

por Caru Ares - 4 de abril de 2011

Fotografia que estará em cartaz na expo Observador

Na próxima quinta-feira (7), entra em cartaz na Mônica Filgueiras Galeria de Arte, em São Paulo, a exposição de fotos de Fabrizio Fasano, “Observador”. Em sua primeira mostra autoral, o fotógrafo expõe 18 imagens que são um convite à reflexão interior e à contemplação.

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Com fotografias feitas com uma pequena câmera de bolso, e sem muitas tecnologias, o artista retrata inúmeras imagens que têm um elemento em comum: a sombra de um pequeno homem, o observador. E para saber um pouco mais sobre este trabalho, o Colherada conversou com o artista. Confira a entrevista:

Colherada Cultural: Em "Observador", você expõe 18 fotografias que têm um elemento em comum: a sombra de um pequeno homem. Conte mais sobre essa ideia e o porquê dessa unidade entre as imagens.
Fabrizio Fasano: A ideia para esta exposição surgiu de uma experiência que estava fazendo com uma câmera de bolso. A primeira imagem, além de me surpreender, gerou inquietações que me fizeram elaborar o conceito da exposição “Observador”. Na primeira imagem que fiz, aparecia o busto de homem e de imediato me perguntei o que este homem, observando eternamente uma parede de água, podia estar pensando, refletindo, enfim, o que se passava por sua cabeça.

Por vezes difícil de ser encontrado, o observador está presente em todas as imagens

C.C.: Você utiliza uma câmera de bolso pra captar as imagens. Qual o motivo dessa escolha? Por que não usar um equipamento mais moderno? E como isso influencia no resultado final?
F.F.: Acredito que mais importante do que ter um moderno equipamento é ter um bom olhar. Neste caso foi por acaso que utilizei uma câmera de bolso que, mesmo pequena, me surpreendeu.

C.C.: Suas obras são um convite à reflexão individual. Você acredita que é esse o papel principal de uma obra de arte?
F.F.: Acredito que uma obra de arte deva gerar emoções, sentimentos, assim como uma boa música, um bom perfume ou a boa gastronomia. São estes sentimentos que despertam a necessidade de uma  reflexão.

C.C.: O que te inspira na hora de criar uma nova série fotográfica? Qual foi a inspiração desta, em especial?
F.F.: A palavra inspiração é difícil de explicar, assim como o seu local de origem. Para mim ela acontece onde menos espero. Um bom exemplo é esta nova exposição: “Observador” surgiu de uma imagem que fiz para testar uma nova câmera.

C.C.: Quais são os artistas que te influenciam?
F.F.: Assim como os temas de interesse vão se modificando durante o tempo, de acordo com a maturidade do trabalho, as pessoas que nos inspiram também mudam. Por isso não gosto de citar nomes, para evitar injustiças.

C.C.: O que você consome de cultura (cinema, música, literatura)?
F.F.: Vou muito ao cinema e ouço muita música. Infelizmente não posso dizer o mesmo sobre os livros.

Serviço:
“Observador”, de Fabrizio FasanoMônica Filgueiras Galeria de Arte
Rua Bela Cintra, 1533, Jadins
Tel: (11) 3082-5292
Horário: de segunda a sexta-feira das 10h às 19h, sábados das 10h às 14h
De 7 de abril a 7 de maio

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