Musicais.
por Filipe Vicente | Artes, Música, Teatro, Variedades, showsEm 2001, no recém inaugurado Teatro Abril, estreou o milionário “Les Misérables”, na época a maior produção teatral já trazida ao país. Em duas semanas, o espetáculo baseado no romance do francês Victor Hugo levou ao teatro mais de 18.000 espectadores. Em sequência, grandes sucessos de bilheteria como “A Bela e a Fera”, “O Fantasma da Ópera” e “Miss Saigon” vieram não só para firmar o nome da CIE Brasil e do Grupo Abril na indústria do entretenimento, mas também para formar uma platéia teatral ávida por novidades musicais.
Cena de “Chicago” (2004) da CIE Brasil.
Engana-se quem pensa que esse tipo de espetáculo surgiu no Brasil com a reabertura do Teatro Abril.
Inaugurado em 1929 o Teatro Paramount foi o primeiro cinema sonoro da América Latina. Ficou conhecido por ser palco do Festival de Música Popular Brasileira transmitido pela TV Record por onde passaram nomes como Edu Lobo e Roberto Carlos. Foi nele que Sérgio Ricardo quebrou o violão e que Caetano Veloso cantou “Alegria, Alegria”, marcos dos anos 60. Um incêndio destruiu parte de suas instalações em 1969. Após a reforma, a casa reabriu mais moderna e com o nome de Teatro Abril. Parte da estrutura restaurada e pedaços do papel de parede original, fazem do espaço uma das mais bonitas casas de espetáculos do Brasil e o mantém como um dos poucos templos sobreviventes que abriga grandes histórias da MPB.
Foi nele que ocorreu a montagem pioneira de um musical americano na cidade. Era “My Fair Lady” estrelado por Paulo Autran e Bibi Ferreira, em 1962. Em 2007, Jorge Takla remontou no Teatro Alfa com Daniel Boaventura e Amanda Acosta nos papéis principais: “Eu já vi essa peça montada em japonês, russo, árabe, hebraico e finlandês. Não estamos representando ingleses, nem usando os moldes da Broadway, e sim os nossos próprios. A produção é totalmente brasileira!” disse na época o diretor de óperas e musicais desde 1984, que assinou sucessos como “Vitor ou Vitória” estrelado por Marília Pêra e “West Side Story”.
Cena de “Pippin” (1974) de Flávio Rangel.
Assim como Takla, a dupla Charles Moeller e Cláudio Botelho, criadores de versões como “A Noviça Rebelde” e “Avenida Q” também dão toques nacionais às montagens que fazem desde 1997: “Quisemos fazer a peça de um jeito mais brasileiro. Por isso os atores se olham e se abraçam mais que na montagem americana.” conta Charles Moeller sobre “Hair”, musical que também já foi realizado anteriormente no país e ficou em cartaz de 1969 à 1971.
Cena de “O Rei e Eu” (2010) de Jorge Takla.
Antes de se aventurar na direção dos grandes musicais americanos como “Os Produtores” e “Hairspray”, Miguel Falabella participou com Cláudia Raia e Tuca Andrada da versão de Wolf Maia para “O Beijo da Mulher Aranha” em 2000. Cláudia, que atua em musicais desde sua estréia em “A Chorus Line” em 1984, participou da nova montagem do musical “Sweet Charity” em 2006, que já havia sido visto pelo público brasileiro em 1994: “Espero que outros musicais possam se apresentar aqui também porque o público carioca é carente desse tipo de show.” disse em referência a nova safra de musicais que, na época, aconteciam principalmente na cidade de São Paulo. Hoje o quadro é outro e grandes musicais não só fazem suas estréias em diferentes cidades, como viajam por outras como, por exemplo, o musical “Cats” que começou em São Paulo e terminou no Rio de Janeiro.
Cena de “A Chorus Line” (1984) de Walter Clark.
Se você gosta de musicais, fique atento que as grandes produções estão por todo o lado e esgotam-se rápido. Para “Mamma Mia”, atual montagem em cartaz no Teatro Abril, os ingressos já estão sendo vendidos até o começo de fevereiro e para “Evita” próximo musical de Jorge Takla no Teatro Alfa, os ingressos começarão à ser vendidos em breve. Aproveite!
Cena de “Chicago” (2004) da CIE Brasil.
Engana-se quem pensa que esse tipo de espetáculo surgiu no Brasil com a reabertura do Teatro Abril.
Inaugurado em 1929 o Teatro Paramount foi o primeiro cinema sonoro da América Latina. Ficou conhecido por ser palco do Festival de Música Popular Brasileira transmitido pela TV Record por onde passaram nomes como Edu Lobo e Roberto Carlos. Foi nele que Sérgio Ricardo quebrou o violão e que Caetano Veloso cantou “Alegria, Alegria”, marcos dos anos 60. Um incêndio destruiu parte de suas instalações em 1969. Após a reforma, a casa reabriu mais moderna e com o nome de Teatro Abril. Parte da estrutura restaurada e pedaços do papel de parede original, fazem do espaço uma das mais bonitas casas de espetáculos do Brasil e o mantém como um dos poucos templos sobreviventes que abriga grandes histórias da MPB.
Foi nele que ocorreu a montagem pioneira de um musical americano na cidade. Era “My Fair Lady” estrelado por Paulo Autran e Bibi Ferreira, em 1962. Em 2007, Jorge Takla remontou no Teatro Alfa com Daniel Boaventura e Amanda Acosta nos papéis principais: “Eu já vi essa peça montada em japonês, russo, árabe, hebraico e finlandês. Não estamos representando ingleses, nem usando os moldes da Broadway, e sim os nossos próprios. A produção é totalmente brasileira!” disse na época o diretor de óperas e musicais desde 1984, que assinou sucessos como “Vitor ou Vitória” estrelado por Marília Pêra e “West Side Story”.
Cena de “Pippin” (1974) de Flávio Rangel.
Assim como Takla, a dupla Charles Moeller e Cláudio Botelho, criadores de versões como “A Noviça Rebelde” e “Avenida Q” também dão toques nacionais às montagens que fazem desde 1997: “Quisemos fazer a peça de um jeito mais brasileiro. Por isso os atores se olham e se abraçam mais que na montagem americana.” conta Charles Moeller sobre “Hair”, musical que também já foi realizado anteriormente no país e ficou em cartaz de 1969 à 1971.
Cena de “O Rei e Eu” (2010) de Jorge Takla.
Antes de se aventurar na direção dos grandes musicais americanos como “Os Produtores” e “Hairspray”, Miguel Falabella participou com Cláudia Raia e Tuca Andrada da versão de Wolf Maia para “O Beijo da Mulher Aranha” em 2000. Cláudia, que atua em musicais desde sua estréia em “A Chorus Line” em 1984, participou da nova montagem do musical “Sweet Charity” em 2006, que já havia sido visto pelo público brasileiro em 1994: “Espero que outros musicais possam se apresentar aqui também porque o público carioca é carente desse tipo de show.” disse em referência a nova safra de musicais que, na época, aconteciam principalmente na cidade de São Paulo. Hoje o quadro é outro e grandes musicais não só fazem suas estréias em diferentes cidades, como viajam por outras como, por exemplo, o musical “Cats” que começou em São Paulo e terminou no Rio de Janeiro.
Cena de “A Chorus Line” (1984) de Walter Clark.
Se você gosta de musicais, fique atento que as grandes produções estão por todo o lado e esgotam-se rápido. Para “Mamma Mia”, atual montagem em cartaz no Teatro Abril, os ingressos já estão sendo vendidos até o começo de fevereiro e para “Evita” próximo musical de Jorge Takla no Teatro Alfa, os ingressos começarão à ser vendidos em breve. Aproveite!
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