ELIFAS ANDREATO / Designer gráfico
Elifas Andreato em seu atelier
Quando criei este blog, minha proposta foi de mostrar todos os tipos de arte; não mostrar apenas um segmento das artes plásticas, mas tudo que é considerado arte.
E hoje trago Elifas Andreato, considerado um expoente do designer brasileiro e requisitado há mais de 40 anos, quando começou como designer e ilustrador para vários artistas renomados da música popular brasileira, tais como: Pixinguinha, Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Vinícius de Morais, Zeca Pagodinho... Sempre produzindo uma arte reconhecida no país e no exterior pela sua alta qualidade.
O dom para desenho descobriu aos 14 anos, na Fiat Lux, em São Paulo. Foi lá que, com outros companheiros, aprendeu a ler. Nas charges que passou a fazer para o jornal dos operários da fábrica já se revelava um contestador.
Em seguida começou a retratar, em quadros, cenas de sua infância pobre. Descoberto pela crítica de arte Marli Medaglia, o ‘menino’ Elifas virou matéria de jornal e apareceu na televisão. Pelo cenário que fez para o cinqüentenário da fábrica que seria visitada pelos ingleses, Elifas ganhou dinheiro para estudar arte.
Em 1969 começou seu trabalho nas revistas Claudia, Quatro Rodas, Realidade e Veja, Revista Japonesa Latina e tantas outras, uma variedade de publicações tão diferentes entre si. Não era exatamente o que ele sonhava, mas quando se é pobre, segundo disse, não se tem escolha. Mas foi uma escola excepcional.
Em 1970 foi o responsável pelo projeto gráfico da coleção ‘História da Música Popular
Brasileira’, chamado por Victor Civita, da Editora Abril. Os LPs chamavam atenção pela sua capa e encartes arrojados. Conseguia retratar o espírito do artista, através de vários encontros que tinha com eles. Um bar e uma mesa de sinuca eram o suficiente para conhecer e tornar-se amigo dos artistas, e daí começar a ‘obra’. A coleção teve fascículos dedicados a Cartola, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha. Foi um dos trabalhos mais importantes de sua carreira.
Uma mera capa de disco transformava-se numa obra de arte quando assinada por Elifas. Entre o período de 1970 a 1984 suas capas de LPs e encartes atingiram por volta de 500 obras. Eram arrojadas e coloridas. Seus cartazes anunciando peças de teatro, shows e eventos são magníficos.
Elifas Andreato nasceu em Rolândia/Paraná em 1946. Foi militante político na época da ditadura militar. Oriundo de família pobre e alfabetizado só na adolescência, foi referência no meio intelectual e artístico do Brasil.
Sua luta, como pessoa, foi a favor da união e solidariedade do povo, contra um indivíduo induzido pelo sistema. Implementou em seu trabalho a idéia de construir, de fato, uma perspectiva nova para o país.
“Fiz do papel meu confidente. Nele, contei os dias e as noites do País. As vitórias e derrotas do povo, minha admiração pela infância. E é sempre bom lembrar: não há desgraça maior para uma nação do que matar os sonhos de suas crianças”.
Agora, insisto e persisto. Pois nunca mais terei 40 anos”.cartaz Morte do Caxeiro / Arthur Miller
Quando criei este blog, minha proposta foi de mostrar todos os tipos de arte; não mostrar apenas um segmento das artes plásticas, mas tudo que é considerado arte.
E hoje trago Elifas Andreato, considerado um expoente do designer brasileiro e requisitado há mais de 40 anos, quando começou como designer e ilustrador para vários artistas renomados da música popular brasileira, tais como: Pixinguinha, Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Vinícius de Morais, Zeca Pagodinho... Sempre produzindo uma arte reconhecida no país e no exterior pela sua alta qualidade.
O dom para desenho descobriu aos 14 anos, na Fiat Lux, em São Paulo. Foi lá que, com outros companheiros, aprendeu a ler. Nas charges que passou a fazer para o jornal dos operários da fábrica já se revelava um contestador.
Em seguida começou a retratar, em quadros, cenas de sua infância pobre. Descoberto pela crítica de arte Marli Medaglia, o ‘menino’ Elifas virou matéria de jornal e apareceu na televisão. Pelo cenário que fez para o cinqüentenário da fábrica que seria visitada pelos ingleses, Elifas ganhou dinheiro para estudar arte.
Em 1969 começou seu trabalho nas revistas Claudia, Quatro Rodas, Realidade e Veja, Revista Japonesa Latina e tantas outras, uma variedade de publicações tão diferentes entre si. Não era exatamente o que ele sonhava, mas quando se é pobre, segundo disse, não se tem escolha. Mas foi uma escola excepcional.
Em 1970 foi o responsável pelo projeto gráfico da coleção ‘História da Música Popular
Brasileira’, chamado por Victor Civita, da Editora Abril. Os LPs chamavam atenção pela sua capa e encartes arrojados. Conseguia retratar o espírito do artista, através de vários encontros que tinha com eles. Um bar e uma mesa de sinuca eram o suficiente para conhecer e tornar-se amigo dos artistas, e daí começar a ‘obra’. A coleção teve fascículos dedicados a Cartola, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha. Foi um dos trabalhos mais importantes de sua carreira.
Uma mera capa de disco transformava-se numa obra de arte quando assinada por Elifas. Entre o período de 1970 a 1984 suas capas de LPs e encartes atingiram por volta de 500 obras. Eram arrojadas e coloridas. Seus cartazes anunciando peças de teatro, shows e eventos são magníficos.
Elifas Andreato nasceu em Rolândia/Paraná em 1946. Foi militante político na época da ditadura militar. Oriundo de família pobre e alfabetizado só na adolescência, foi referência no meio intelectual e artístico do Brasil.
Sua luta, como pessoa, foi a favor da união e solidariedade do povo, contra um indivíduo induzido pelo sistema. Implementou em seu trabalho a idéia de construir, de fato, uma perspectiva nova para o país.
“Fiz do papel meu confidente. Nele, contei os dias e as noites do País. As vitórias e derrotas do povo, minha admiração pela infância. E é sempre bom lembrar: não há desgraça maior para uma nação do que matar os sonhos de suas crianças”.
Agora, insisto e persisto. Pois nunca mais terei 40 anos”.
cartaz / Quem tem medo de Virginia Woolf
capa do disco de Martinho da Vila
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