Por muitos anos o pintor espanhol Goya (1746-1828) foi retratista. Para sobreviver, aceitava pintar retratos, e para maximizar as virtudes do retratado, ou para escamotear suas falências físicas, Goya os engrandecia nas obras. O escritor francês Pierre Michon narra em sua obra Senhores e Criados e Outras Histórias (2010) que o pintor engrandecia seus clientes para júbilo destes: “ele punha um pouco de Tiepolo nos azuis de céu, um pouco de Zurbarán nas pregas que no chão tombam e esboroam, uma nuvem onde sentar para os Lá-do-Alto se sentarem”. Mas Goya, segundo Michon, sabia que sua arte não era aquela, não era maquiar os que lhe pagavam, não era fingir que as rugas estavam adiantadas no tempo. Goya sabia que sua arte era muito mais do que essa pequena farsa. Pierre Michon também sabe onde está a verdadeira arte, e seus livros são uma busca profunda, milimétrica, incansável das sutilezas que fizeram dos grandes pintores seres iluminados...continue lendo,acesse:
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