Cultura

Objetos que passam pelas mãos e pelo coração dos autores
por Kelly de Souza

Luiz Borges tinha em sua casa um exemplar da obra O Livro de Areia, de sua própria autoria. Era um tomo único, particular e especial por um simples motivo: o poeta argentino não gostava de guardar seus próprios livros. Esse exemplar não era antigo, nem era primeira edição, era só um “livro querido” que ele guardava em sua casa. Para Borges era especial. O livro está agora guardado e exposto no Pequeño Museo del Escritor, um espaço que foi inaugurado no último dia 16 no Centro de Arte Moderna de Madrid. Muitas vezes alguns objetos, por mais simples que possam parecer, nos permitem conhecer mais sobre seu dono do que alguns capítulos de sua biografia. Essa é a premissa desse pequeno museu: ser um memorial de pequenas lembranças, pequenas peças, de simplórios objetos carregados de valor emocional para seus donos (grandes escritores). Com certeza, é difícil para muitos curadores de museus no Brasil, que adoram sacralizar a não-arte, entender o significado desse exemplar de Borges, que no fundo não tem qualquer valor mercadológico considerável, mas que para os adoradores do poeta (uma legião) é pura emoção, pura aura, uma forma de penetrar no mundo do autor de forma simples e sensível..continue lendo,acesse:


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